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O
CORPO É UM ESPELHO DAS NOSSAS CRENÇAS
Por Louise L. Hay
Embora muitas pessoas me vejam como alguém com o poder de curar os
outros, eu não curo ninguém.
Meu trabalho é ajudar as pessoas a compreenderem como seus pensamentos
criam, constantemente, suas próprias experiências de vida - todas elas,
tanto as boas quanto as que chamamos de más experiências.
Você já se viu indo para o trabalho remoendo ressentimentos em relação a
um colega ou alimentando sua insegurança por causa de uma tarefa que lhe
foi solicitada?
É um exemplo simples, mas que ajuda a entender o que afirmo. Se, em vez
de pensar negativamente, você procurasse pensar nas razões que poderiam
ter levado o companheiro de escritório à atitude agressiva, e imaginasse
formas afetuosas de resolver o conflito, seu encontro com ele poderia
gerar uma aproximação feliz para ambos.
Se, em vez de inventariar suas próprias falhas, você tomasse consciência
de sua capacidade e repetisse para si que poderia realizar a tarefa
solicitada com sucesso - pedindo ajuda se precisasse, provavelmente você
a desempenharia com outro ânimo e competência.
Nossos pensamentos podem, da mesma forma, estar contribuindo para o
bem-estar ou para o mal-estar de nossos corpos.
Não queremos ficar doentes e, no entanto, precisamos de cada doença que
contraímos.
É a maneira que nossos corpos encontram para nos dizerem que estamos com
uma idéia errada, com uma percepção falsa, e que precisamos mudar nossa
forma de pensar.
Tenho uma amiga que precisou passar por uma pneumonia grave para
concluir que era indispensável mudar seu ritmo de vida e fazer uma
terapia que a ajudasse a rever seus relacionamentos.
Há pessoas que usam a doença como forma de não assumir compromissos,
mantendo-se permanentemente numa situação fragilizada.
Cada doença é uma lição que precisamos aprender.
Por favor, não fique só reclamando: "quero me livrar desta doença."
Isso não vai trazer a cura que você deseja e você não vai aprender a
lição de que necessita.
Não se coloque também numa atitude defensiva, como se a doença fosse uma
espécie de acusação. Não se trata de condenar nem de sentir nenhuma
culpa.
Tanto na doença quanto em qualquer situação de vida, o importante é
observar o que está acontecendo conosco para entender o que precisa ser
libertado e transformado.
Então eu lhe digo: é hora de se curar, de tornar sua vida e seu corpo
íntegros, que significa que você deseja investir na sua saúde.
Eu sei que você tem, dentro de si, tudo de que precisa para conseguir
isso.
Quando você começar a compreender o processo que leva à saúde ou à
doença, será capaz de assumir o controle consciente das mudanças que
deseja fazer.
É um processo muito emocionante que vai se tornar uma das aventuras mais
felizes da sua vida.
Acredito que existe um centro de sabedoria dentro de cada um de nós e
que, quando estamos prontos para fazer mudanças positivas, atraímos o
que é necessário para nos ajudar.
Pode ter certeza de que alguma coisa dentro de você se transformou e o
processo de cura já começou.
Pare um instante a leitura e diga em voz alta: Eu já comecei o meu
processo de cura.
O corpo é um espelho das nossas crenças e dos nossos pensamentos mais
íntimos.
O corpo está sempre conversando conosco. É preciso aprender a escutar o
que ele tem a dizer.
Cada célula reage a cada pensamento seu, a cada palavra que você
pronuncia.
Por isso, se prolongamos durante muito tempo determinadas formas de
pensar e de falar, elas irão produzir comportamentos e posturas
corporais, assim como um maior ou menor bem-estar.
Suas palavras e pensamentos contribuem para sua saúde ou sua doença.
Uma pessoa que está sempre com o rosto fechado provavelmente não tem
muitos pensamentos alegres e amorosos. Os rostos e corpos dos mais
velhos mostram claramente como foi sua vida e seus comportamentos.
Pare um pouco e pense: que aparência eu vou ter quando entrar na
terceira idade?
Como acredito que todos nós nascemos com o direito de ser completamente
saudáveis e satisfeitos em todas as áreas de nossas vidas, quero ajudar
você a conquistar esse direito agora.
Algumas das coisas que vou sugerir talvez pareçam simples demais, mas
fique sabendo que estas idéias foram testadas muitas vezes com enorme
sucesso.
Elas funcionam de verdade.
Antes de continuar a ler este texto, repare no seu corpo.
Coloque-se numa posição confortável, respire fundo e procure relaxar.
Abra-se para acolher todas as idéias, aceitando apenas as que se aplicam
ou fazem sentido para você.
Acredito que toda doença é uma criação própria.
É claro que não dizemos quero ter tal doença, mas criamos um Ambiente
mental que faz com que a doença apareça e se desenvolva.
Volto a repetir: nossos diálogos interiores provocam reações em cada
célula do corpo.
Ouvi um médico dizer recentemente: "Se um cirurgião operar um paciente
sem fazer coisa alguma para ajudar a descobrir e curar a causa da
doença, ele estará apenas adiando o problema, pois o paciente criará um
outro mal-estar."
Não basta tratar o sintoma. Precisamos eliminar a causa da doença.
E para isso precisamos penetrar no lugar, dentro de nós mesmos, onde o
processo teve início.
Somos profundamente responsáveis por quase todas as experiências por que
passamos em nossas vidas.
Tanto as melhores quanto as piores.
Porque, como já disse, somos nós que criamos nossas experiências através
dos pensamentos que temos e das palavras que pronunciamos.
O universo apóia completamente nosso diálogo interior.
Nosso subconsciente aceita como verdade aquilo em que escolhemos
acreditar.
Isto significa que o que acredito ser verdade a meu próprio respeito e a
respeito da vida se tornará verdade para mim.
Essa é uma escolha que você faz.
É claro que os pensamentos vêm à cabeça sem nosso controle, mas, ao
reconhecê-los, você pode alimentá-los ou procurar desapegar-se deles,
tentando olhar a realidade de outra perspectiva.
Temos também o impulso de pronunciar certas palavras, mas somos capazes
de silenciá-las ou substituí-las por outras mais amorosas, impregnadas
de compreensão e tolerância.
O que pensamos e sentimos a respeito de nós mesmos e de nossa vida
formou-se desde criança, pelas reações e comportamentos dos adultos que
nos rodeavam.
Assim, se você viveu com pessoas assustadas ou com pessoas extremamente
infelizes, aprendeu uma porção de coisas negativas a seu próprio
respeito e a respeito da vida.
E é possível que ainda acredite nelas.
Não estou dizendo isso para que culpemos nossos pais. Eles provavelmente
foram vítimas de seus próprios pais e não podiam nos ensinar o que não
sabiam.
Se sua mãe não gostava dela mesma e se seu pai não sabia ser carinhoso e
atento, eles não teriam condições de ensinar você a se amar e a se
tratar com carinho e atenção.
Por mais bem intencionados que fossem.
Acredito que escolhemos nossos pais. Cada um de nós decide encarnar
neste planeta em épocas e locais específicos. Fazemos assim porque
estamos neste mundo para aprender as lições que nos farão avançar em
nosso caminho espiritual.
Para isso, escolhemos nosso sexo, nossa cor, nosso país e as pessoas que
nos farão ter as experiências de que precisamos para evoluir.
Muitas vezes, quando crescemos, acusamos nossos pais e nos queixamos:
"foi você quem fez isto comigo, a culpa é sua".
Mas, na verdade, nós os escolhemos, porque era com eles que podíamos
viver aquilo que queríamos aprender a superar.
Passamos a vida criando experiências que combinem com as crenças
adquiridas na infância.
Olhe para trás e observe quantas vezes você passou pelo mesmo tipo de
relacionamento e pela mesma qualidade de problema.
É bem possível que você tenha criado essas experiências repetidamente
porque elas refletem o que você pensa a seu respeito.
Mas não adianta ficar remoendo os problemas do passado, porque é o
momento presente que importa.
O que aconteceu no passado, até este momento, foi criado por você, com
seus próprios pensamentos e antigas crenças, sem que você se desse
conta.
Mas o que você escolhe pensar, acreditar e dizer hoje, neste exato
lugar, neste exato momento, está criando o seu futuro.
Seu diálogo interior de agora está criando o seu amanhã, a semana que
vem, o próximo mês e o ano que vem.
Então, preste atenção no que você está pensando neste instante. Você
quer que este pensamento crie o seu futuro?
Ele é negativo ou é positivo? Observe, preste atenção.
Não existe certo ou errado no que pensamos, e volto a dizer que não
quero nunca explorar o sentimento de culpa. Pelo contrário, quero
eliminá-lo, porque ele paralisa e não faz crescer.
Estou querendo apenas que você entre em contato com o que está pensando,
porque, em geral nós tomamos muito pouca consciência do que se passa em
nossas mentes e em nossos corpos.
Só prestamos atenção quando ficamos doentes ou quando sentimos dor.
E, se não sabemos o que está se passando dentro de nós, como poderemos
mudar?
Louise Hay
Fonte:
http://louisehay.wwwhubs.com/
Gostou!
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