As pessoas me perguntaram
recentemente por que eu não estive escrevendo para o site tão
frequentemente nos últimos meses. Bem, eu estive “lá fora”, vivendo
a minha verdade e experienciando a Nova Realidade. Nesta próxima
fase de nossa Jornada à Nova Realidade, a habilidade em ancorar e
manifestar será importante. E, sim, pode ser cansativo estar
realmente Desperto e Consciente e viver na Nova Energia através do
corpo físico. Nos últimos cinco meses eu visitei a Rússia, a
Alemanha, a Suíça, a Áustria, a Itália, França, Portugal, Colômbia e
Turquia, trabalhando com a Família de Luz e experienciando a Nova
Energia em uma escala Global. Assim, este artigo é de certo modo, um
relatório sobre onde eu estive, tanto literal, quanto
espiritualmente, e também um manifesto pessoal para a Nova Energia e
o Novo Ano. Eu estou de volta ao “lar” e preparada para compartilhar
a minha perspectiva da Jornada.
A vida é uma contínua jornada ou aventura de Descoberta, de
auto-descoberta e da descoberta de outros e como os outros cruzam as
suas jornadas e criações com as suas no ato da co-criação. Nunca
estamos sozinhos; na realidade da Quinta Dimensão cada escolha e
cada Ato da Criação têm conseqüências, tanto para si mesmo, como
para os outros. A experiência da Vida é uma rede da criação e da
experiência, infinita e complexa, que fazemos de acordo com as
nossas crenças, pensamentos e percepções, e através dos nossos
desejos e paixões.
Mas... viver estes ativamente, é muito diferente do que falar sobre
eles e sonhar com eles. Sonhar e falar são os primeiros passos, o
ato de ancorar os nossos sonhos e paixões requer energia,
comprometimento e foco. E determina se estes sonhos permanecem
sonhos, ou se eles se manifestam na Realidade do Plano Físico da
Quinta Dimensão.
E sim, com estas novas energias aceleradas, a proporção de criações
possíveis e prováveis aumenta e se torna mais e mais importante ser
perspicaz e focado. Vocês não podem criar tudo de uma vez, nem
deveriam querer. É somente ao darem prioridade ao que querem criar e
concentrar lá a energia, que os sonhos podem se tornar realidade e
vocês podem “aterrissar” os seus sonhos, sem se esgotarem ou verem
os sonhos se fragmentarem ou se desintegrarem, porque a sua base não
é suficientemente forte no mundo material.
E, sim, as Novas Energias necessitam de novos modos de pensar,
perceber e ancorar. Os sonhos da Nova Terra não se manifestarão
sobre as fundações da Velha Terra. É isto o que acontece a muitos
sonhos e desejos neste momento de transição e de transformação. O
sonho não pode encontrar um “espaço” para se “manifestar”, porque
ele não pode ancorar nas estruturas da Realidade da Velha Energia
que estão se desintegrando de qualquer maneira.
Esta foi a minha experiência nos últimos meses e eu gostaria de
compartilhar com vocês os meus insights e percepções que me vieram
em minhas viagens. Trata-se de novas percepções, novos modos de
pensar e de ser, e de manifestar realmente a realidade de uma Nova
Terra ao fazer escolhas da Nova Terra.
Esta jornada não foi fácil para mim em qualquer nível. Eu cheguei em
casa exausta, tanto física, quanto emocionalmente, e com bronquite e
sinusite. Mas eu experienciei uma profunda “mudança da realidade”
interior, que me auxiliou no desenrolar da contínua aventura da
Criação da Realidade, enquanto nos encaminhamos para 2011 e 2012.
Eu pensei que em uma referência galhofeira à cultura popular, eu
escreveria a minha própria versão de “Comer, Orar e Amar”. Estas
atividades parecem ser tão fundamentais à experiência humana que
elas têm capturado a imaginação popular. Entretanto, esta não é a
versão de Hollywood, estrelada por Julia Roberts, que é basicamente
sobre a jornada interior... a versão de Célia Fenn se refere à
importância da expressão externa da Comunidade e da Partilha e Apoio
como uma expressão equilibrada da nova Realidade de interligações e
de Consciência da Unidade da Quinta Dimensão. Experienciar a
realidade externa da conexão e do amor é tão importante quanto a
jornada interior de cura e de auto-realização, e uma não pode ser
experienciada realmente sem a outra. E quando compreendemos este
fato como parte da Nova Realidade, somos confrontados com a
necessidade de fazermos escolhas em nossas vidas que reflitam isto.
Assim, a versão de Célia Fenn de “Comer, Orar, Amar”, de Dezembro de
2010, é uma reformulação do conceito da “Jornada” como uma criação
ou expressão compartilhada da Experiência Humana, como Co-Criação
com as Essências Angélicas e Espirituais Mais Elevadas, e como uma
manifestação do Amor e de Gratidão por toda a Criação. Trata-se de
“nós”, tanto quanto de “EU SOU”, e como nos definimos coletivamente
neste Novo Paradigma da Realidade.
COMER... Nápoles e Sorrento... Novembro de 2010
Eu cheguei à Nápoles em uma dia de outono frio e revigorante. Foi há
mais do que 20 anos desde que eu tinha estado pela última vez na
região da Itália e de Nápoles. Eu me lembrava de Nápoles como uma
cidade grande e suja que era perigosa e não muito agradável para
visitar. Fiquei surpresa ao ver que Nápoles tinha se transformado em
algo que se aproxima da beleza – ou talvez fosse apenas que eu
estivesse mais velha e mais capaz de ver a beleza na cidade antiga.
Os picos do Vesúvio, o vulcão ainda ativo que destruiu Pompéia há
milhares de anos, ainda formam o pano de fundo para a cidade que
abraça a costa ao longo da Baía de Nápoles. A própria Baía é do mais
profundo e intenso azul, e quando vocês se dirigem para fora de
Sorrento, meu destino, vocês são seduzidos pelo esplendor e pela
beleza das falésias, enseadas e aldeias de pesca.
O que eu notei quase de imediato foi a quantidade de alimentos
cultivados e pequenas hortas – em todos os lugares. Até entre os
blocos de apartamentos havia porções verdes de hortas e túneis de
plástico onde o alimento estava sendo cultivado lado a lado com o
moderno estilo de vida urbano.
Os Italianos têm um caso de amor com os alimentos. Seu clima
mediterrâneo, e a sua paixão como indivíduos produziram uma cultura
baseada profundamente na experiência emocional e sensual. É uma
cultura que celebra a sua antiguidade através da sua história, além
de sua ligação com o momento presente através da celebração do
alimento, família e comunidade. E o próprio alimento é uma
celebração dos elementos que o criam, a luz do sol, o bom solo, a
água e o vento.
Na Itália, é quase impossível ter uma “má” refeição. A refeição é
fresca, saborosa e bem preparada porque este é um ponto de honra
para os Italianos. Ela é servida com amor e paixão, música e
conversas e um bom vinho e isto leva tempo. Sim... A Doce Vida. Sem
alimentação rápida, sem alimentos processados ou artificiais. E os
Italianos são orgulhosos de suas habilidades culinárias. Eu fiquei
emocionada no evento do seminário que eu realizei em Sorrento,
quando uma adorável senhora chamada Guiliana que trabalhava no
centro, assou uma linda torta “Caprese” de chocolate para o
aniversário de um dos participantes. Estava recém-saído do forno e
assado com perfeição e o sabor era maravilhoso. Foi elegante e
simples, sem exageros, sem supérfluos, apenas os ingredientes puros
e frescos, amor e habilidade. Que surpresa de aniversário para todos
nós!
Após o meu período na Itália, eu continuei a minha viagem e
experimentei muitos alimentos que eram a completa antítese deste –
pesados, processados, gordurosos, insossos, artificiais, rápidos e
terríveis. Assim, a diferença entre se alimentar na velha energia e
na Nova Realidade se tornou mais clara para mim.
Nos últimos anos, o alimento e o nosso relacionamento com ele, se
tornaram um ponto central da Jornada da Ascensão para Consciência
Mais Elevada. As respostas vão desde aqueles que desejam parar de
comer e viver na “luz”, àqueles que acreditam que podem comer
qualquer coisa e isto não importa realmente. Há os vegetarianos
rígidos, os vegetarianos, e há aqueles que comem carne e se orgulham
disto. Lembro-me de que há alguns anos fui repreendida por alguém
por apoiar um estilo de vida vegetariano, pois isto era considerado
por esta pessoa como irresponsável por “estar em minha posição”. O
fato que a maior parte da Ásia é vegetariana e tem sido por milhares
de anos, foi rejeitado em favor dos hábitos e vícios alimentares da
tendência atual.
Mas, parece-me, com as novas percepções e as novas energias, que os
humanos foram projetados para comer. Temos dentes e um aparelho
digestivo perfeitamente projetado para processar o alimento. Mas
também me parece que não é tanto o que escolhemos para comer que é o
problema, mas como este alimento é produzido e/ou cultivado e como
ele chega as nossas mesas e as nossas refeições!
Em um mundo interligado, nós somos responsáveis e conscientes.
Nossas escolhas não são atos individuais, mas têm implicações para
outros no Planeta. Escolher se alimentar de carne, por exemplo,
implica em uma cadeia, vamos encará-lo, de crueldade e abuso de
animais. Estou bem certa de que a pessoa em geral que fosse visitar
e abater ou ver como os animais são criados em empresas com toda a
infra-estrutura agrícola, perderia o seu entusiasmo em consumir a
carne do modo como as pessoas fazem no mundo moderno. É somente a
“desconexão” da velha energia que permite que as pessoas não façam
absolutamente nenhuma conexão entre o alimento em seus pratos e o
sofrimento que produz este alimento. E se estiverem atentos e
conscientes, vocês podem continuar a comer deste modo? Vocês podem
celebrar o alimento que é cheio de sofrimento e de dor?
Bem, se estiverem desatentos e inconscientes, então vocês podem.
Então, tudo o que vocês vêem é a carne em um prato, e respondem de
acordo com as emoções e apetites. Os impulsos mais elevados e mais
delicados são esquecidos em favor da “dependência alimentar”, e o
consumo contínuo deste tipo de alimento. Não há pensamento, nem
consciência, apenas o ato básico de comer e de satisfazer o apetite
no nível físico.
Eu acho que esta maneira de comer e de viver tem sido um resultado
da “desconexão” dos humanos da terra que os apóia e os alimenta.
Antes da industrialização e da mecanização da sociedade, as pessoas
tinham um papel muito mais amplo no cultivo e na preparação do seu
próprio alimento.
Na infância dos meus avós, cada casa tinha árvores frutíferas e uma
horta. Algumas vezes havia galinhas, criadas para pôr ovos e para o
alimento. Se vocês não tivessem as suas próprias galinhas, poderiam
comprar uma galinha viva dos comerciantes. O Frango Assado da
família no Domingo era abatido, depenado e assado pela própria dona
de casa. Havia uma compreensão de que o alimento era parte do ciclo
da vida e da morte e que era uma bênção de Deus. É por isto que a
Graça era sempre dita com convicção e gratidão, e o alimento era
comido com alegria.
Em nosso estado desconectado, frequentemente não vemos o alimento
como uma Graça e Bênção do Divino e uma parte integrante do Ciclo da
Vida. Nós o vemos como algo “lá fora”, que nos atrai, nos engorda, é
uma irritação ( fazer compras e cozinhar), ou simplesmente chato.
Nós nos esquecemos como celebrar o alimento, a comunidade, a
partilha e a Graça de Deus, expressa através do sustento e do
alimento para o corpo físico. A Graça de Deus é parte de toda a vida
se nos permitirmos ver isto, mesmo com o alimento que comemos todos
os dias.
É aonde chegam os Italianos. Eles ainda sabem que o alimento é uma
celebração e uma alegria, que fresco e autêntico é melhor, e que o
alimento criado com amor e paixão é uma dádiva para os sentidos de
Deus. Sim, realmente! Eles também sabem que compartilhar estas
dádivas e bênçãos como uma comunidade é um aspecto da Graça e do
Amor. Nas tradições mais antigas, isto é assim. Nas aldeias e
cidades da Itália, onde o cultivo do seu próprio alimento gera um
sentimento e um conhecimento do ser e parte essencial dos ciclos
contínuos da Vida e da Morte. Cria uma reverência pela vida e a
morte das plantas e animais dentro da cadeia alimentar. E é este
respeito que muda o nosso relacionamento com o alimento do “vício” e
do “consumo” para a “graça e a gratidão.” Eu acho que quando eu como
da minha própria horta, tendo a cozinhar e a preparar o alimento com
mais respeito e desfruto mais o que como. Agora eu estou esperando
que os tomates amadureçam, mas isto é outra história...
É uma coisa tão simples, conhecida pelos nossos avós, mas perdida
nos excessos consumistas do final do século 20. Não é preciso ter
fome na Nova Terra, é preciso haver educação, ou reeducação e outro
modo de pensar sobre o relacionamento entre os seres humanos, a
terra e a água que nos sustenta.
A Nova Terra se refere à Graça, à Gratidão e à Integridade, viver e
caminhar com integridade. Honrar o alimento em seus ciclos de vida,
fazendo parte dos processos de crescimento e de produção, e
celebrando a colheita, é tanto uma parte de nossa antiga história e
uma parte necessária de nosso futuro no Planeta. Trata-se de estar
desperto, atento e plenamente consciente, e de fazer escolhas que
reflitam esta consciência. Trata-se de ver o alimento como uma
dádiva da Graça e um caminho para a Graça através da Gratidão quando
a energia do alimento que comemos é clara, limpa e cheia de
compaixão e honra.
ORAR... Bogotá, Colômbia e Istambul, Turquia
Ao honrarmos o alimento através da Graça e da Prece, nos movemos
para o tema da própria oração. A Oração, reconhecemos, não é uma
lista de pedidos feitos ao Divino, mas uma celebração de Gratidão
pelo que é dado pelo Divino. Sabemos a partir de nossa leitura da
Física Quântica que Deus e a Força Divina não estão fora de nós e
que precisem ser requeridos, mas é uma Energia que se move através
de nós e é parte de nós. Na Nova Realidade, honramos a Força Divina
dentro de nós através da expressão do Amor e da Gratidão. Sabemos
também através do trabalho de Masaru Emoto que o Amor e a Gratidão
são as frequências mais elevadas do sentimento no mundo cristalino
das formas-pensamento e dos padrões de criação consciente.
Aprendemos também, a partir dos ensinamentos orientais, que a oração
pode ser uma atitude e uma meditação diária em que a Gratidão e o
Amor podem ser expressos nas pequenas ações da vida diária, tais
como varrer o chão, tirar água e preparar a refeição. São nestes
rituais aparentemente banais que a consciência pode celebrar com
gratidão, a provisão de um lar e o sustento físico para a forma
física. A freqüência da Oração e da Meditação, associadas ao Amor e
à Gratidão, criam uma energia de Profunda Paz e Compaixão que nos
permite experienciar a Consciência de Unidade e a Conexão de todos
os Corações em uma Grade de Amor Incondicional, que é a base do
Paradigma da Nova Realidade.
Mas, neste ponto, estamos entre as antigas formas de energia, onde a
Prece e a Meditação são vistas como experiências individuais, em que
as coisas são solicitadas ou “ordenadas” à Presença Divina, e a Nova
Realidade, onde a Prece é uma expressão de Gratidão e de foco
Coletivo, trazendo a Paz e a Cura onde é mais necessário. Nos
últimos anos, nós aprendemos como trabalharmos juntos coletivamente
para concentrarmos energias poderosas de meditação em lugares no
Planeta que estão em crise. Eu acho que quando entrarmos mais
plenamente na experiência e na compreensão do poder da Prece e da
Gratidão como uma Força de Cura, tanto individual, quanto
coletivamente, começaremos a ver como podemos ser poderosos quando
concentramos a energia desta maneira. Nós criamos um espaço livre
para o fluxo da Energia Divina e a manifestação de Milagres.
Uma das forças mais perturbadoras na Terra hoje é a velha forma de
energia do fundamentalismo religioso e da intolerância. Estas formas
vêem a sua própria expressão de Oração e da “verdade”, como as
únicas, a única verdade, e eles estão dispostos a matar e a morrer
por esta verdade e pela sua percepção desta verdade. Esta é a velha
energia da dualidade da terceira dimensão, onde até a Energia Divina
é dividida em formas de “bem” e “mal”, permitindo o antagonismo e a
agressão em nome de Deus.
Na Realidade da Nova Terra, o poder da Consciência de Unidade e a
experiência da interligação e de ser Uma Família na Terra podem nos
mover através das intolerâncias e divisões em uma celebração de
diversos caminhos e tradições espirituais em suas formas puras e
claras, além da manipulação e da distorção que ocorrem quando o
poder político vê a religião como uma ferramenta para controlar as
pessoas e as suas vidas. Neste espaço além do medo, da manipulação e
do controle, podemos começar a ver como o impulso para honrar o
Espírito Divino interior, tem sido expresso de modos muito
diferentes e por muitas tradições diferentes. Na raiz de cada um
está o desejo de “conhecer” Deus e viver em alinhamento com a
Vontade Divina como ela é percebida e compreendida.
No início de Novembro de 2010, eu viajei para Bogotá, na Colômbia
para participar de uma “Peregrinação pela Paz”, que foi organizada
pela Fundação da Graça, de Tamera, em Portugal, sob a liderança de
Sabine Lichtenfels. Tamera é uma comunidade internacional da paz, ao
Sul de Portugal, baseada na idéia de criar uma forma social que
possa expressar uma sociedade além da guerra e do conflito. Suas
peregrinações são oportunidades para levar as sementes de energias
da Paz e da Graça aos locais de intenso conflito e trauma na Terra,
tais como Israel, Palestina e Colômbia. Romper as energias escuras e
pesadas nestes locais requer comprometimento, coragem e foco
daqueles que participam. As peregrinações são desafiadoras nos
níveis espiritual, mental, emocional e físico.
Minha experiência em Bogotá foi do poder da Graça, da Gratidão e da
Prece como uma ponte e fonte de cura em uma comunidade traumatizada
e cheia de conflitos, tais como na Colômbia. A peregrinação foi
organizada em cooperação com a Comunidade Colombiana da Paz, de São
José de Apartado, em Mulatos. A Comunidade da Paz foi alvo dos
conflitos na Colômbia, e parte do propósito da Peregrinação era
elevar a consciência da Paz, como uma alternativa para os conflitos
profundamente enraizados na sociedade Colombiana. Foi uma alegria e
um privilégio para mim, andar e trabalhar lado a lado com os
participantes de São José, assim como aqueles da comunidade
internacional. Eu tenho que admitir que fui incapaz de completar
toda a peregrinação, devido aos horários conflitantes, fadiga de
vôo, exaustão e falta de sono. Mas tive a sorte de experienciar o
passeio para cima e sobre a montanha, em Ciudad Bolivar, no sul de
Bogotá, e nunca me esquecerei deste dia. Fomos protegidos pela
Brigada da Paz e pelos marechais da organização Ativa de Bogotá, mas
ainda assim foi uma experiência difícil e desafiadora.
O que eu me lembrei como pontos altos nesta experiência, após o
passeio em Ciudad Bolivar, foram duas Missas Católicas que eu
participei. Eu fui criada em uma forma de Cristianismo Protestante,
mas eu sempre apreciei a Graça e o Ritual da Missa Católica. A
primeira missa foi em uma pequena igreja em Bosa, também ao sul de
Bogotá, em que o Padre local nos convidou a nos unirmos à comunidade
local em uma Missa para homenagear a Peregrinação e os seus
objetivos. Foi uma experiência maravilhosa, na qual eu senti
realmente a sua gratidão e aceitação de quem éramos e o que
queríamos alcançar. Foi um encontro de Colombianos e Internacionais
em uma Prece de Gratidão pela Paz e àqueles que vieram em nome da
Paz e da Graça.
Eu tenho que dizer que fiquei profundamente impressionada pela
coragem e comprometimento daqueles que participaram da Peregrinação.
Nunca foi fácil, e, entretanto, houve momentos de alegria e de
intensidade, nos quais o Amor e a Compaixão foram as energias que
criaram um senso de Comunidade e de Unidade.
Eu continuo intensamente grata a uma mulher bondosa e bela, chamada
Emma de Israel, que segurou a minha mão e me “carregou” pela
montanha acima com o seu amor e o seu apoio. Quando eu disse a minha
orientação interior que eu me sentia inadequada, precisando de
apoio, a resposta que eu recebi foi que eu tinha apoiado tantos, que
agora era a minha vez de sentir como era ser apoiada através de uma
“ascensão” desafiadora. Sim, o que eu posso dizer, a não ser
expressar a gratidão que eu senti e dizer que chorei e ainda fico
chorosa quando penso naquele dia.
A segunda experiência foi a Missa de Celebração no final da
Peregrinação, em La Calendaria, área central de Bogotá. Esta foi uma
bela experiência da consagração do Pão e do Vinho, em uma celebração
comum, do que tinha sido atingido, juntos. O Padre deu um belo
ritual que foi seguido pela tradicional divisão do pão, que foi
mergulhado no vinho e dado a cada pessoa que participou do ritual.
Foi uma cerimônia de intensa alegria e gratidão por uma comunidade
de pessoas que tinham compartilhado juntos e trabalhado por um
objetivo comum – trazer a Paz e criar uma sociedade além do medo e
do conflito. E sim, eu chorei lá, também!
As pessoas que participaram destas cerimônias não eram todas
Católicas. Eram judeus de Israel e pessoas que não estavam
familiarizadas com a tradição Católica. Mas a energia era de
família, de compartilhar um ritual de Gratidão Piedosa, que foi além
do dogma religioso e da história em um reino de Luz e de Amor
Incondicional. A Prece é, certamente, uma força poderosa para unir
uma comunidade de pessoas em uma energia comum de Paz, de Amor e de
Gratidão. Na Nova Realidade, nós compreenderemos verdadeiramente que
a Prece e a Espiritualidade é um reflexo do que está em nossos
Corações, e se a Paz estiver em nossos Corações, então a Paz é o que
experienciaremos em nossas expressões de Serviço e de Amor, não
importa qual “fé”, ou “ritual” usemos para expressar estas energias,
pois a Graça do Divino flui através de todas as coisas e todas as
formas onde há Paz e o Amor.
Depois de Bogotá, eu voei para casa, via Paris e Istambul, e passei
dois dias em Istambul, para conhecer a cidade com os amigos da
Família de Luz. Era um mundo e uma cultura diferente. Da América
Latina ao Oriente Médio, de uma Cultura Católica a uma Cultura
Muçulmana. Eu sempre quis ver a antiga e bela Igreja de Hagia
Sophia, em Istambul, e assim eu tinha escolhido um hotel na Velha
Cidade, próxima à Sultanahmet, onde Hagia Sophia está localizada com
a sua “gêmea”, a famosa Mesquita Azul.
E assim, em uma bela tarde e noite de outono, eu fui capaz de
explorar a energia da Prece nestes dois belos e graciosos edifícios.
Primeiro, Hagia Sophia, que agora é um museu. Por ela ter sido
primeiramente convertida em uma Mesquita, e então em um Museu, a
energia do Sagrado foi fragmentada e é difícil de detectar em Hagia
Sophia. É uma importante e velha dama e se pode imaginar quão bonita
ela deve ter sido quando estava servindo ao seu propósito original
de ser uma Igreja da Sabedoria Feminina Divina, “Sophia”. Ela foi
também construída para representar o Cosmos, como era entendido
naquele tempo, e para ser a Igreja mais impressionante e assim
trazer os fiéis à Constantinopla, como Istambul era conhecido quando
era o centro do Cristianismo Bizantino. Mas então a cidade se tornou
Muçulmana e Hagia Sophia se transformou em uma Mesquita.
Os sussurros do passado, das energias passadas da Fé e do Amor estão
ainda lá, ainda que seja agora um edifício secular. A energia da
Prece e da Devoção frequentemente permanece como um eco após o
Espaço Sagrado ter sido secularizado.
E assim, em seguida, no início da noite, fomos para a Mesquita Azul,
um edifício “gêmeo”, com um estilo semelhante que está localizado
por perto. É um centro importante e ativo do culto Muçulmano em uma
cidade que é predominantemente Muçulmana. É um edifício muito
imponente e bonito. Os visitantes estão autorizados a entrar na
Mesquita, mas como mulher, isto consiste em cobrir o corpo e a
cabeça. Assim, caminhamos com o véu e para o centro da Prece e da
Devoção.
A energia dentro da Mesquita pode somente ser descrita como
Tranqüila e Maravilhosa. A energia de muitas pessoas orando, é
sentida como uma Paz e um Amor profundos. Eu passei algum tempo na
área dos “turistas”, mas como mulher não nos foi permitido entrar na
área principal da Oração. Assim, entramos na seção das mulheres.
Sim. Foi uma bela experiência para mim. Além disto, era muito mais
descontraído e informal, havia crianças brincando em silêncio, assim
como mulheres envolvidas em profunda devoção e prece. Três de nós se
sentaram tranquilamente no tapete e meditaram, e em seguida Mahasti
leu para nós o Alcorão. Eu não tenho idéia do que ela leu, pois foi
em Árabe, mas a energia era calma e maravilhosa. Foi uma experiência
da qual eu me lembrarei também, sentir como era participar de um
centro Muçulmano de Devoção.
Naturalmente a questão da separação de homens e mulheres no culto
surgiu, como, é claro, que deve. Esta forma de “separação”, é uma
das coisas que serão eliminadas enquanto a Nova Energia se torna
mais forte. Nazli sugeriu que deveríamos apenas caminhar na seção
dos homens, como um meio de abrir caminho e fazer uma declaração. Eu
já tinha sido maltratada em um Espaço Sagrado no Complexo de
Mesquitas Al Aksa, em Jerusalém, e eu não tinha pressa em repetir a
experiência. Parecia a coisa certa sugerir a ela que deveríamos
esperar até que fôssemos convidadas ao espaço.
E isto acontecerá. O Arcanjo Miguel me mostrou uma visão futura
desta área de Sultanahmet. Os dois edifícios são como as Chamas
Gêmeas, o Hagia Sophia apoiando o Feminino Divino e a Mesquita Azul,
apoiando o Masculino Divino. É parte do Plano Divino de
Transformação que estes dois prédios formem um dia um complexo
único, onde eles representem a energia do Sagrado Coração e da União
Divina. Haverá extensos jardins criados ao redor dos edifícios, e as
pessoas virão pelo mar para caminhar nos Templos do Sagrado Coração
e se envolverem na Prece e na Meditação nesta antiga cidade que liga
a Europa e a Ásia, o Oriente e o Ocidente. Istambul será o “Coração”
do Oriente Médio.
É bom lembrar que há um Plano Divino para a nossa Evolução, e que de
acordo com o Arcanjo Miguel muitos dos Edifícios Sagrados que
existem agora, são planejados para se tornarem centros da Luz
Dourada e Templos Solares para a Nova Sabedoria e a Nova Terra.
Haverá um tempo no futuro em que a Família Humana se tornará Uma,
quando recordarem este momento e pensarem como eram bárbaros nas
formas da fé e da expressão, e eles celebrarão a energia do Coração
e da Família nestes belos edifícios. Haverá um tempo em que homens e
mulheres caminharão e orarão livremente nesta área, e honrarão o
Espírito Divino que orientou os humanos a criar Espaços Sagrados
para expressar a Essência Divina.
AMOR... Berchtesgaden, Alemanha, Zurique, Suíça
A Mudança, Transformação, Ascensão ou Mudança de Percepção, está
centrada em torno de uma mudança de um modo de ser essencialmente
mental para um modo de ser centrado no coração, baseado no
sentimento e na intuição, assim como os processos mentais. Neste
modo de Ser da Nova Terra, é o Amor que determina as nossas escolhas
e nossas ações no Mundo. E, entretanto, é extremamente difícil
definir o Amor. Em nossa cultura ocidental, tendemos a ter somente
uma palavra “amor” que abrange muitos modos diferentes de sentimento
e de expressar aquilo que chamamos Amor. Os antigos Gregos, que
pensavam muito sobre as coisas, vieram com cerca de 30 palavras
diferentes para definir tipos diferentes de Amor. A idéia é que Amor
é um conceito muito importante, um conceito muito fluido, e que ele
abrange muito, talvez muito mais do que temos sido condicionados a
associar à palavra “Amor”.
Na cultura ocidental, o Amor é essencialmente um conceito Romântico,
o centro de muitas das produções da indústria do entretenimento, com
um forte conteúdo sexual e erótico. Então, há o amor familiar, que é
compartilhado por pessoas em grupos da família biológica. Temos
muito pouca conexão com o Amor Compassivo e o Amor Humanitário, que
é o amor expresso por todos os membros da Família Humana, para a
Terra e para os Seres Sensíveis. Normalmente nós não celebramos este
amor em nossa cultura popular, e assim ele se torna marginalizado em
nossas vidas.
Mas, na realidade da Nova Terra da Quinta Dimensão, quando
experienciarmos a natureza da conexão e da consciência da unidade,
nos tornaremos mais conscientes da natureza deste tipo de Amor. É o
Amor Divino, o grande e incondicional Amor da Fonte por toda a
criação, porque toda a criação é boa e maravilhosa. É um Amor que
reconhece que somos Uma Família, e que somos responsáveis por nós
mesmos e por cada um na Rede da Vida. É um Amor que diz que não
podemos viver as nossas vidas apenas para nós mesmos, porque não
somos apenas indivíduos únicos, mas somos também uma parte
integrante da Rede da Vida, e que o que fazemos e escolhemos, faz
uma diferença.
Também é verdade que enquanto nos movemos além das velhas formas da
consciência da dualidade da terceira dimensão e para a consciência
de unidade da quinta dimensão, teremos que compreender o Amor como
uma energia onipresente e Luz, e também teremos que compreender
melhor o que acontece quando esta Luz e este Amor são distorcidos ou
bloqueados pelas escolhas que as pessoas fazem. Para explicar isto,
talvez eu possa compartilhar com vocês as minhas experiências na
Alemanha, em Outubro. Eu gosto de trabalhar na Alemanha e com a
Família de Luz Alemã, e eu visito este país frequentemente. Eu
aprecio o foco na energia “Verde” e nos estilos de vida orgânicos
que é muito forte na Alemanha, e o árduo trabalho que é realizado
com tanta devoção por muitos da Família de Luz na Alemanha, assim
como na Áustria e na Suíça. Desta vez, os meus amigos sugeriram que
desde que estávamos trabalhando na cidade de Munique, poderíamos
fazer uma viagem à Berchtesgaden, nos Alpes da Baviera, pois eu
tinha manifestado anteriormente um interesse em ver este famoso
lugar.
Berchtesgaden é famosa por sua associação com Hitler e o movimento
Nazista e pelo “Ninho da Águia”, a casa construída por Hitler, no
alto das montanhas. Pareceu-me interessante visitar esta área, antes
de viajar para Bogotá, onde a energia escura e pesada da “falta de
amor” ainda estava presente com o trauma da violência e da morte.
Berchtesgaden e a área circundante é muito bonita, e é difícil
entender como uma forma de energia política que era tão escura e má,
pudesse ter surgido e prosperado nestas montanhas imaculadas.
Chegamos lá no final de Outubro, tinha nevado na noite anterior, e
algumas árvores estavam cobertas de neve, mas ainda tinham as suas
folhas douradas e vermelhas do outono. A energia na área é de alta
freqüência e clara, apoiada pela Natureza e uma energia elemental
muito ativa. Mas enquanto nos aproximávamos da área do Ninho da
Águia, a energia ficou escura e pesada.
Havia seis pessoas que realizaram esta viagem, e éramos todos
Trabalhadores da Luz fortes e experientes, que tinham trabalhado
antes com as energias na Alemanha. Todos nós estávamos conscientes
de que as energias que fôramos chamados para transmutar e
transformar neste momento, eram muito escuras e densas. Sentimos
isto a um nível intenso, embora não falássemos muito sobre isto.
Também é do meu interesse que os meus amigos Alemães geralmente não
sabem tanto sobre o Terceiro Reich e Hitler como eu. Eu tive
História no colégio e na universidade, bem como “O Mundo em Guerra”,
que eu via na TV. Depois da guerra na Alemanha, a supressão do
Nazismo fez com que a nova geração dos Alemães realmente tivessem
pouco acesso à informação sobre o seu passado. Um dos meus amigos
naquele dia tinha feito um esforço para ler e aprender tanto quanto
podia sobre este período, a fim de melhor compreender o seu próprio
passado e o de seu povo.
Mas mesmo assim, a diferença entre as interpretações dos eventos na
Alemanha é clara, e se tornou mais clara para mim quando eu visitei
o “Centro de Documentação”, que é na verdade um museu da História de
Hitler e do Terceiro Reich e o seu movimento na área do Obersalzburg,
como esta área é conhecida. Eu me sentei e assisti aos vídeos de
Hitler, e ouvi os seus discursos nos comícios, ao lado dos Alemães
em Nuremberg, e eu imaginei o que eles pensavam. Para mim,
pessoalmente, fui capaz de olhar, ver e perceber a escuridão e a
opressão, mas também me mover além da tendência em nossa sociedade
de “responsabilizar” tudo isto a uma pessoa e os seus seguidores. Eu
senti que o que Hitler estava expressando era uma energia coletiva,
uma energia muito escura e densa que absolutamente precisava ser
liberada e expressa, de modo que a Terra pudesse se transformar.
Temos que lembrar que antes a Alemanha era um país unido, ela era o
“Sagrado Império Romano”, dominada pela religião Católica, e que
Hitler era apoiado em seus objetivos por Mussolini, na Itália e os
Francos, na Espanha, além de países onde a energia Católica
distorcida era dominante. Havia uma história de distorção de poder,
de perseguição de vítimas, queima das bruxas e a Inquisição. Antes
disto, houve a conquista dos povos pagãos e a apreensão dos seus
locais sagrados, em nome da expansão cristã. Sim, havia milhares de
anos de dominação e controle e a energia escura, energia do Carma,
se assim o preferirem, que precisava ser expressa, em que o drama da
vítima e do agressor seria efetuada de tal modo que limparia a Terra
desta energia em particular e criaria um espaço para a Nova Terra e
as frequências mais elevadas. A própria Terra precisava liberar
estas energias escuras de suas grades, de modo que ela pudesse se
realinhar com as frequências cósmicas mais elevadas.
Sim, a energia da “falta de amor” tinha se tornado tão forte que ela
tinha criado uma escuridão que cobria o continente da Europa e o
impediu de evoluir de acordo com o seu Plano Divino e o seu
propósito mais elevado. E assim a energia escura foi permitida e foi
manifestada na guerra. Onde o Amor for substituído por idéias,
ideologia, medo e o desejo pelo poder, então estas distorções podem
criar uma energia escura que também se torna um vórtice que atrai as
pessoas para o seu poder. É onde as pessoas medíocres são atraídas
para estes vórtices e se tornam parte do drama sombrio da “falta de
amor”. Para clarificar estas energias escuras, o caminho foi aberto
após a guerra para que muitas almas poderosas e evoluídas
encarnassem na Europa com a missão de trazer de volta a Luz, e isto
é por que a Família de Luz é tão forte na Alemanha. Estas almas
evoluídas trouxeram a energia do Amor. Elas a mantiveram em seus
Corações e elas a ancoraram na Terra, para purificar e reestruturar
as Grades da Terra e as Grades do Coração, de modo que a Luz pudesse
fluir livremente novamente. E, naturalmente, agora as Crianças
Índigo e Cristal estão também em grande número, fazendo uma
diferença para a energia e trazendo a Luz do Coração.
Foi este tipo de trabalho que seis pessoas do nosso grupo realizaram
naquele dia. Nós estamos sendo usados como canais para limpar,
transformar e ancorar as novas energias Dourada e Platina que estão
criando as grades da Nova Terra. Estas são as energias da Luz
Crística e do Amor Incondicional para a Terra e para a Família
Humana, e as elevadas freqüências de Shekinah, o Amor Feminino
Divino da Grande Mãe Cósmica. Foi um dia muito difícil para todos
nós, mas sabíamos que este trabalho precisava ser feito neste
momento. O sol tinha saído e envolveu o Ninho da Águia, como se para
indicar que a Chama Dourada da Luz Crística tinha envolvido o
edifício e o purificado completamente, de modo que ela pudesse ser
integrada na Nova Terra. Ao nos movermos além da dualidade e para a
consciência de Unidade, podemos ver que o que aconteceu nesta região
foi parte de uma energia maior coletiva que precisava ser expressa,
de modo que ela pudesse ser liberada e eliminada da Terra. Era,
entretanto, escura e destrutiva, um ato da Graça que permitiu que a
Terra continuasse a evoluir, ao invés de ser destruída pelo acúmulo
de energia escura e pesada.
E assim, uma experiência de Amor como a Compaixão e a interligação
dentro de um Grupo. Isto foi em Zurique, onde eu dei o meu primeiro
seminário de fim de semana, na Suíça. O grupo de cerca de trinta
pessoas era composto de pessoas da geração pós-guerra, assim como
alguns Índigos da geração mais jovem, e a interação entre eles foi
fascinante e maravilhosa. As pessoas que participaram foram atraídas
obviamente para o meu trabalho, e elas estavam à vontade com as
meditações e as ativações que fizemos juntos como uma Família de
Luz.
Mas a freqüência da energia em Zurique é muito clara, e as pessoas
que vieram estavam abertas e centradas em seus Corações, na energia
do Amor. Isto criou uma energia e uma experiência de Fluxo e de
profundo Amor. Foi uma verdadeira experiência de um grupo de pessoas
trabalhando na energia da Quinta Dimensão da Conexão e da Compaixão.
Normalmente, quando eu dou um seminário, eu trabalho muito
arduamente para manter o campo do Amor e da Compaixão para o Grupo.
Neste caso, a energia retornou para mim tão poderosamente pelo Grupo
que eu me senti energizada no final, e não cansada como geralmente
fico após um final de semana cheio de trabalho.
A natureza foi também uma parte de nosso trabalho juntos, e no
segundo dia nós compartilhamos juntos, os rituais mais poderosos
para a água e o fogo, e em honra da energia do Feminino Divino.
Novamente, o fluxo do amor era tão poderoso que cada ritual só se
revelou como um rito sagrado de Amor e de Partilha. Foi maravilhoso,
e eu honro cada pessoa presente que compartilhou desta criação de
Amor Compassivo como um Grupo e trabalhou não somente para o bem
maior do grupo, mas também da Humanidade em sua contínua evolução
para a Luz e o Amor. É este tipo de trabalho que está eliminando as
energias escuras e reestruturando a matriz de luz, de modo que a
realidade da Nova Terra possa surgir nos Corações e Almas de toda a
Humanidade no Planeta.
Honrando o Feminino Divino com Fogo e Luz
Na Nova Realidade, a nossa percepção do Amor será intensamente
expandida para incluir este nível de Amor Compassivo. Os Antigos
Gregos o teriam chamado de “Ágape”, o amor baseado nos mais elevados
princípios espirituais. Eu acho que o Ágape também será a forma
predominante de Amor entre os indivíduos e nos Íntimos
Relacionamentos Amorosos. Nós nos moveremos além dos hábitos
emocionais e apetites físicos, para uma expressão de amor que é
Espiritual e conectado à Alma, assim como Ancorado no Coração e na
Realidade Física.
Eu terminarei esta discussão sobre o Amor com uma consideração de
Amor nos Relacionamentos Pessoais. Ao nível Espiritual, todos nós
estamos familiarizados com os conceitos da Alma Gêmea e da Chama
Gêmea, embora haja diferenças de opinião e de definição. Mas, ao
nível de ancoragem destes relacionamentos no plano físico, é onde a
maior parte das pessoas tem problemas... como expressar estes Novos
Relacionamentos de modos que vão além dos velhos paradigmas do Amor
Romântico da velha energia.
Eu devo admitir que em Bogotá me encontrei tendo uma conversa com um
amigo sobre a natureza do Amor e dos Relacionamentos. Esta foi uma
continuação de uma discussão que começamos seis meses antes, em
Portugal. Ambas as conversas foram interessantes para mim, porque eu
me percebi tendo que articular conceitos sobre os quais eu estivera
pensando nos últimos anos. A minha compreensão é que na Nova
Realidade todos os relacionamentos serão “conscientes”, no sentido
de serem escolhas do coração, e serão ancorados nos princípios
espirituais mais elevados e no Coração, e serão expressões de Amor,
ao invés de sexo, dinheiro ou poder, como no passado. Haverá ainda
espaço para expressões de energia erótica e sexual, mas estas não
serão o foco principal da parceria. Nem haverá a necessidade de
fazer algum “trabalho” em conjunto para a definição do objetivo da
conexão, como foi sugerido no passado. O próprio Amor será a razão
para a conexão e a definição do relacionamento. Tudo o mais fluirá a
partir deste ponto de Amor e de Paixão, expressos na forma mais
elevada possível. E isto, para mim, significa Honestidade,
Sinceridade e Integridade em todos os momentos.
Quando eu estava passando por uma livraria do Aeroporto, a caminho
de casa, desta viagem, eu peguei o último livro de Paulo Coelho
sobre a sua experiência da Peregrinação à Santiago. Eu virei uma
página e era uma discussão de amor, de Ágape, Eros e Philos, que é o
amor da amizade. Parece que uma consciência de natureza do amor e
como ele se expressa, está se tornando uma parte do foco coletivo
neste momento.
Gostaria também de dizer que o meu amigo concordou com a nossa
discussão sobre o Amor, mas eu não tenho certeza que nós concluímos.
Estamos ainda trabalhando para definir como expressaremos e
honraremos o Amor entre nós no nível mais elevado, de modo que o
principio espiritual, Ágape, possa se tornar parte de todo o amor
que expressamos no Mundo.
E assim, neste momento, estou reservando um tempo para descansar e
integrar todas estas experiências e percepções. Para celebrar a
passagem de 2010 e dar as boas vindas às novas energias de 2012. Eu
sei que a energia em 2011 continuará a exigir que estejamos
despertos, atentos e plenamente conscientes de nossas escolhas e
potenciais na vida. Nunca estamos sozinhos; as escolhas que fazemos
afetam as pessoas a nossa volta e a energia no Planeta. Talvez 2011
seja o ano das Escolhas Responsáveis, enquanto trabalhamos juntos
para manifestarmos uma Nova Terra, onde cada ser vivo possa viver em
Paz, Harmonia e Amor.
Namastê!... E Gratidão e Amor a todos que compartilharam comigo
desta Aventura e Jornada de Amor e de Crescimento!
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