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ORIENTANDO OS
NOSSOS FILHOS
Uma canalização de Maria através de Pamela Kribbe
24 de janeiro de 2008
Meus queridos
amigos,
Eu os saúdo. Estamos imensamente felizes com a presença de vocês aqui
hoje e comemoramos o fato de estarem na Terra neste momento. Antes de
falar sobre o tema de hoje – as crianças da nova era – desejo dirigir a
atenção a vocês. A cada dia vocês tentam incorporar mais da sua luz e do
seu ser interior na Terra. Com freqüência sentem um peso em suas vidas e
às vezes lhes parece que estão aprisionados em seus corpos ou em emoções
e estados de humor que os sufocam. Queremos lhes dizer que confiamos em
vocês e os respeitamos por tudo o que passam e realizam em suas vidas.
Nós os amamos do jeito que são e gostaríamos que tivessem mais respeito
por si mesmos e por tudo o que já fizeram em suas vidas até agora.
Quando se mantêm confiantes, acalentando seus sonhos e metas, mesmo
quando a luz ao redor de vocês se apaga temporariamente e vocês têm que
enfrentar alguns contratempos, vocês mostram a sua grandeza e enorme
força. Vocês estão plantando sementes de luz na Terra e estas vão dar
frutos. Graças ao seu trabalho interior, vocês criaram uma ponte para
uma geração de almas que acaba de encarnar e que deseja irradiar sua luz
na Terra. É sobre estas almas que desejo falar hoje
Antes de falarmos diretamente sobre elas, peço a cada um de vocês que
volte no tempo e sinta quem você era quando entrou no reino da Terra
como um recém-nascido. Sinta a inocência e a beleza da sua energia.
Perceba a sinceridade das suas intenções e a delicadeza da sua energia.
Ah, você está conectado com a Terra há tanto tempo! Quantas vezes você
mergulhou fundo aqui como um bebezinho! Agora sinta qual era a sua
intenção desta vez. Provavelmente você trazia alguma bagagem pessoal que
desejava resolver nesta vida. Talvez houvesse ferimentos profundos na
sua alma que você desejava curar e vencer. Mas, fora isto, você também
era guiado por um ideal mais amplo e universal, que era o de
intensificar a consciência e o crescimento espiritual na Terra. Você
sabia que ia nascer numa era de transição, uma era de crise e também de
oportunidades. Sabia que havia “muito trabalho a ser feito”, um trabalho
no nível interno que abriria novos caminhos nas formas de pensar e
sentir. Sentiu a conexão com esta grande transformação global na Terra e
estava preparado para mergulhar fundo mais uma vez, para ajudar a tornar
realidade a velha visão de uma Terra pacífica, de uma nova consciência
de unidade entre os seres humanos e do restabelecimento da harmonia
entre todos os seres deste planeta.
Várias e várias vezes você abriu caminho através dos velhos limites de
pensamentos e sentimentos. Todas as vezes que se sentiu sufocado por
estruturas e regras tradicionais, sabendo intimamente que sua alma não
poderia florescer em um ambiente ou relacionamento dominado pelo medo,
você sentiu necessidade de se libertar. Muitas vezes foi doloroso dizer
adeus e viajar por novas estradas. Sim, foi difícil e muito pesado, mas
você tinha que se manter fiel à sua sensação de que alguma coisa não
estava certa, que não fazia sentido para você, ou que algo estava
faltando. Esta sensação persistente lhe recordava as intenções e
objetivos originais da sua alma. Você não era capaz de se ajustar às
exigências e padrões da sociedade, porque eles não correspondiam àquilo
que você, como alma, queria vivenciar na Terra. Você estava destinado a
ser “diferente”, não porque Deus ou alguma outra autoridade externa
tivesse planejado isto para você, mas porque você é quem é. Em algum
momento da história da sua alma, você foi inspirado por uma nova
consciência, que podemos chamar de consciência Crística, percepção do
coração, ou amor. Não é tão importante como você a chame. O que importa
é que você foi tocado por ela, foi atingido por uma centelha de
inspiração que, desde então, o impulsionou a continuar buscando,
sonhando e expandindo sua consciência. Agora a centelha que está
iluminando uma nova consciência na Terra está atingindo muitas pessoas.
Por esta razão, as “crianças da nova era” sentiram-se chamadas a vir
para cá. Por esta razão, elas vêm encarnando na Terra há várias décadas,
em número cada vez maior. Elas estão aqui para completar o que você
começou.
Você que pertence à geração anterior de trabalhadores da luz, em geral
nascidos antes de 1980, está entre os precursores e abridores de
caminho. Vocês foram inspirados pelo mesmo ideal que inspira as “novas
crianças” de hoje; receberam o mesmo chamado da alma. Mas os terrenos
que foram abertos por vocês, especialmente nos anos 60 e 70 do século
XX, eram muito mais marcados por crenças convencionais e medos
profundamente arraigados a respeito da liberdade da auto-expressão, das
emoções, criatividade e sexualidade. Se voltarmos quarenta ou cinqüenta
anos no tempo, veremos que o campo de energia coletiva da Terra era
muito diferente do de hoje. Era menos transparente, mais denso e nublado
e, portanto, menos acessível às energias claras e amorosas que agora
estão encontrando seu caminho para a Terra. Uma das coisas que
intensificou este aumento de amor e clareza foi a ascensão da igualdade
de direitos para as mulheres (que começou no início do século XX) ou, em
outras palavras, a conscientização crescente da igualdade e das
qualidades únicas da energia feminina. A reabilitação tão necessária da
energia feminina sustentou uma crescente consciência e validação da
dimensão do sentimento na vida. Durante os anos sessenta e setenta do
último século, muitas coisas se abriram na área da emoção, intuição e
criatividade.
Muito trabalho foi feito pela geração mais velha de trabalhadores da luz
e isto lhes custou muito, pois eles atravessaram os vales internos de
autodúvida e solidão, antes de conseguirem abrir um novo horizonte para
as gerações que viriam. Se você faz parte dessa geração mais velha,
saiba que estabeleceu um farol de luz para aqueles que vêm atrás de
você.
Agora você está passando a tocha para a nova geração. E, ao passá-la
adiante, você pode lhes fornecer apoio e incentivo, enquanto eles podem
inspirá-lo com sua paixão e com a pureza de seus corações. Eles são mais
“diferentes” ainda do que você foi. Enquanto você conseguia se adaptar
temporária ou parcialmente a um ambiente que realmente não ressoava
consigo, eles não têm capacidade para fazer isto, nem mesmo no nível de
comportamento externo. Em outras palavras, eles não conseguem nem sequer
fingir isto um pouquinho. Suas emoções e seus corpos físicos protestam,
em um nível profundo, quando são confrontados com as energias
limitadoras de muitos sistemas tradicionais de educação ou métodos de
criação de filhos. A adaptação não é uma opção para essas crianças.
Principalmente as mais sensíveis entre elas entrarão em colapso físico e
emocional em um ambiente da velha energia, e seu comportamento
tornar-se-á tão problemático, que o ambiente ao seu redor terá que
reagir e mudar. Não é mais possível reprimir ou ignorar os problemas. As
crianças que estão chegando agora forçarão a sociedade a refletir
profundamente sobre suas próprias suposições a respeito das crianças e
da vida em geral.
As crianças que estão nascendo agora (e que vêm encarnado na Terra há
algumas décadas) trazem uma parte bem maior da consciência total de suas
almas do que a que vocês trouxeram. Quando vocês entraram no campo da
Terra, atravessaram um “véu de ignorância” que os mantém separados da
dimensão da qual estou falando neste momento. Este véu é como um par de
óculos que, uma vez colocado, faz com que acreditem que são um Eu
separado, trancado dentro de um corpo. Na verdade, o véu da ignorância
os capacita a vivenciar a dualidade na Terra, portanto tem seu valor,
mas o momento atual está propício para que o véu se torne mais
transparente e permita uma comunicação maior entre os dois lados.
Existem cada vez mais pessoas que buscam o outro lado do véu e que
percebem que são unas com algo maior do que simplesmente “este corpo” e
“esta personalidade”. Quanto mais pessoas fazem isto, mais se forma um
canal por onde a energia cósmica amorosa se derrama na dimensão da
Terra. É nesta onda de energia cósmica que as novas crianças viajam.
Tente sentir a energia dessas crianças por uns instantes. Sinta a onda
de energia cósmica na qual elas viajam. Não pense nisto, apenas abra seu
coração e permita que as sensações o atravessem. Essas crianças vibram
em um nível mais elevado. A energia delas pode parecer brincalhona,
alegre, leve como a de uma borboleta e, ao mesmo tempo, de uma sabedoria
e profundidade incomuns. Elas escolhem, muito conscientemente,
personificar uma grande parte de suas almas, de seus seres divinos, na
Terra. Fazem isto porque desejam contribuir para a transformação da
consciência na Terra e têm total consciência de que isto pode lhes
trazer muitos problemas. No nível do Eu Superior, da parte mais
consciente delas, elas fizeram esta escolha conscientemente. Mas no
nível do ser emocional (ou “criança interior”), podem ficar
traumatizadas ao se confrontarem com a realidade da Terra. Elas correm o
perigo muito real de se perderem e se perturbarem no campo da Terra, já
que não podem desligar sua sensibilidade e vibração elevada quando estão
em um ambiente menos desenvolvido. Assim, ou elas terão que encontrar um
espaço na Terra para expressar sua energia com segurança e liberdade, ou
terão que lidar com intensas frustrações e dúvidas internas. Então, veja
como essas almas são corajosas e amorosas, ao correrem os riscos que
correm! Essa mesma coragem e poder de amor foram demonstrados por você,
quando encarnou na Terra.
Agora falarei sobre algumas características desta nova geração de
crianças. É lógico que nem todas as crianças são iguais, e algumas
apresentam estas características mais do que outras. Há uma condição na
qual todas as crianças de hoje são “diferentes”. Elas entram através de
um véu diferente (mais fino) e com a intenção de expressar muito mais da
sua alma na matéria do que jamais foi expresso. Mas cada alma tem seu
próprio desenvolvimento e, dentro desta nova geração de crianças,
existem as extremamente sensíveis, que são mais diferentes do que o
resto e que geralmente são chamadas de “crianças da nova era” ou
simplesmente “novas crianças”. Agora vou enumerar algumas das
características mais importantes deste grupo específico de crianças, mas
tenha em mente que estas características também se aplicam, em menor
grau, a todas as crianças de hoje. Na verdade, através do
desenvolvimento da consciência em uma escala coletiva, está surgindo um
“novo ser humano” na Terra. A espécie humana está evoluindo para um ser
humano mais inteligente, social e espiritualmente, capaz de viver em
harmonia com a natureza e conectado com seus companheiros humanos
através de um senso de unidade e respeito. Estas crianças prenunciam
este desenvolvimento em direção a um “novo ser humano”.
Características das novas
crianças
- As novas crianças são cada vez mais clarisencientes, empáticas e
telepáticas. Elas absorvem facilmente os estados de humor e emoções de
outras pessoas. A fronteira entre o mundo percebido pelos cinco sentidos
e o mundo invisível dos sentimentos e energias é muito fluida para elas.
Geralmente elas percebem o lado interno das coisas com tanta facilidade
com que percebem o lado externo (físico). Elas não são enganadas por
comportamentos externos que não refletem verdadeiramente o que está se
passando internamente. Sua percepção interna é perspicaz.
- As novas crianças são pacificadoras. Elas sentem um impulso para unir
grupos opostos e apaziguar conflitos. Junto com suas capacidades
intuitivas, isto geralmente significa que elas amadurecem cedo e são
muito sábias para sua idade. Com freqüência elas compreendem seus pais
em um nível mais profundo do que eles entendem a si próprios ou um ao
outro. Elas tentam ajudá-los ou construir uma ponte de compreensão entre
eles. Elas facilmente tornam-se “pais dos seus pais” e isto pode lhes
roubar sua parte infantil, espontânea e desinibida. Quando se
identificam intensamente com o papel de ajudante, elas podem carregar um
fardo muito grande de responsabilidade.
- As novas crianças são idealistas. São espiritualizadas, filosóficas e
imaginativas. São inspiradas por ideais de igualdade, fraternidade e
respeito pela natureza. Geralmente é possível notar, na aura delas, que
os dois chacras superiores estão bem abertos. Através destes dois
centros energéticos superiores, elas recebem freqüentemente muita
inspiração, insight e entusiasmo. Mas, por outro lado, elas podem
facilmente tornar-se irrequietas, excessivamente sonhadoras e
irrealistas, devido à grande abertura destes chacras superiores. A
energia dessas crianças ainda não está totalmente assentada na Terra;
ela ainda precisa conectar-se completamente com o corpo e com o plano da
realidade terrena.
- As novas crianças são mais sensíveis do que pensadoras. Elas têm
dificuldade para se ajustar a estruturas pré-estabelecidas que deixam
pouco espaço para a intuição, a imprevisibilidade e a individualidade.
Elas realmente estão aqui para nos ensinar a nos libertarmos de uma
tradição que enfatizava excessivamente o pensamento e a análise. Todas
as crianças são, até certo ponto, mais sensíveis do que pensadoras. Mas,
o que distingue as crianças mais sensitivas das outras é que, tanto
física quanto emocionalmente, lhes é impossível adaptar-se a um ambiente
rígido e exageradamente estruturado. E acabam ficando doentes ou
apresentando graves distúrbios comportamentais. Elas já se encontram tão
ancoradas em uma consciência baseada no coração, que não podem mais
voltar atrás.
- Devido à sua percepção altamente intuitiva e à sua incapacidade de se
adaptar, estas crianças podem ser vistas como obstinadas, rebeldes e
“diferentes”. Na verdade, elas não têm a intenção de ser rebelde.
Simplesmente querem ser elas mesmas. Mas, quando sentem que não há
espaço para isto, podem se tornar solitárias e até mesmo marginais,
vivendo à margem da sociedade. Por serem menos dirigidas pelo medo e a
necessidade de autopreservação, são menos receptivas à disciplina e à
autoridade. No entanto, podem sofrer intensamente e ficar confusas com a
falta de compreensão que encontram. Podem se sentir alienadas e
solitárias por causa disso e se perguntarem qual é a razão de suas
presenças na Terra. Mas, quando uma criança dessas encontra seu caminho
na vida e começa a expressar sua energia criativa e espiritual na forma
material, ela desabrocha, e muitas pessoas são tocadas pela profundidade
de suas idéias e pela sua maneira gentil e não-competitiva de lidar com
as pessoas.
Problemas enfrentados
pelas novas crianças
Resumindo, estas características já mostram os problemas nos quais as
novas crianças podem esbarrar. O maior problema é que sua energia
específica não é reconhecida nem compreendida pelas pessoas que as
cercam. Quando não lhes são oferecidos os meios e oportunidades para
expressar seus sentimentos e existe uma falta de comunicação verdadeira,
podem surgir muitos “distúrbios comportamentais”.
As crianças podem se tornar rebeldes, geniosas e difíceis de lidar. Elas
se sentem incompreendidas e maltratadas, e realmente querem dizer “não”
para isto, mas não sabem como, pois ainda não possuem a habilidade de se
expressar e comunicar corretamente. O que acaba acontecendo é que elas
mesmas não conseguem mais entender o que se passa no interior de si
mesmas. Quando a vida interior dessas crianças não é refletida de volta
para elas através de pais ou professores compreensíveis, que dão nomes
aos seus sentimentos e ouvem-nas com o coração aberto, elas podem se
fechar em si mesmas e agir de um modo que parece irracional e impossível
de se lidar. Neste ponto, é necessária muita atenção e uma percepção
profundamente sintonizada, para entender o que está mexendo com essas
crianças, já que elas mesmas perderam contato com seus sentimentos.
Inclusive pode acontecer que essas crianças, por se sentirem mal
recebidas e mal compreendidas, se afastem e se desconectem do seu
ambiente. Elas não descarregam suas emoções através de comportamentos
agressivos e fora da lei, mas se trancam no seu próprio mundinho,
ficando difícil chegar a elas. Geralmente essas crianças são
extremamente sensíveis, reagindo intensamente às energias discordantes
ao seu redor. Como é difícil de se imaginar como é ser tão sensível,
seus limites são facilmente ultrapassados, e então, para sobreviver
emocionalmente, elas fecham seu centro do sentimento. Este mecanismo de
sobrevivência geralmente é chamado de “autismo”. É um paradoxo que as
crianças autistas sejam consideradas não-empáticas (isto é, incapazes de
enxergar as coisas através da perspectiva de outras pessoas), porque são
extremamente sensíveis. Pode-se dizer que elas têm tanta dificuldade
para se manter dentro dos seus próprios limites, que não podem se
permitir envolver-se com os outros, expandindo sua consciência de modo a
incluir os outros. Elas sentem que seu mundo desmoronaria se fizessem
isto, e que seriam engolidas pelo caos. Portanto, o comportamento
não-empático da criança autista vem de uma enorme impressionabilidade em
relação à energia dos outros. É para lidar com esta sensibilidade
opressiva que ela busca se proteger e se fecha emocionalmente. O
comportamento não-empático ou anti-social das crianças autistas é um
mecanismo de sobrevivência e não uma característica essencial da alma.
As crianças que tentam resolver seus problemas de uma forma extrovertida
(rebeldia, agitação, falta de concentração), bem como aquelas que
procuram uma solução introvertida (afastando-se ou fechando-se
emocionalmente) compartilham uma série de características em comum.
- Sentem que não são bem recebidas, que não são reconhecidas nem
verdadeiramente apreciadas pelo que são.
- Não estão firmemente enraizadas ou assentadas em seus corpos físicos.
Isto pode ser literalmente percebido em suas auras que freqüentemente
não se conectam completamente com a Terra na parte inferior. Na prática
isto quer dizer que elas carecem de uma base emocional ou âncora de
segurança que lhes possibilite explorar o mundo de uma forma relaxada e
aberta. Existe uma sensação básica de “não estar á vontade”, que faz com
que lhes seja difícil “simplesmente ser” de um modo despreocupado.
- Como resultado, elas podem apresentar sintomas físicos e distúrbios
e/ou reagir intensamente a certos alimentos ou substâncias.
- Quando crescem e se tornam adolescentes, podem ter dificuldade para
encontrar seu lugar na sociedade (encontrar a forma correta de educação
ou um trabalho que lhes sirva).
Gostaria de falar um pouco mais sobre como se pode oferecer apoio a
estas crianças e adolescentes, para que se sintam acolhidas e encontrem
formas apropriadas de auto-expressão. Mas, em primeiro lugar, quero
enfatizar que é muito importante não pensar em termos de culpa, quando
falamos sobre as causas dos problemas que as novas crianças vivenciam.
Os pais dessas crianças geralmente fazem o máximo para apoiá-las e
cuidar delas com carinho. Vários pais estão muito conscientes das
qualidades especiais dos seus filhos e estão ficando cada vez mais
sintonizados intuitivamente com eles. Através da sua abertura e
disposição, tem lugar um grande aprendizado. São estes pais que, junto
com seus filhos, vão abrir caminho na sociedade e prepará-la para novas
formas de se lidar com as crianças.
O confronto um tanto doloroso, que as novas crianças experimentam com a
realidade da Terra, foi escolhido conscientemente. Elas vêm para trazer
algo de novo, e sabem disto no fundo de seus corações. Isto coloca suas
dificuldades dentro de uma perspectiva diferente. No nível da alma, elas
assumem a responsabilidade por tudo o que encontram em sua vida; elas
aceitam os contratempos e obstáculos. A sociedade não está “contra
elas”. A sociedade está dormindo, em muitos aspectos. É o sono dos
velhos hábitos, e a chegada das novas crianças é um chamado para
despertar. Sim, elas são um pouco como você; pode sentir isto? A geração
anterior de trabalhadores da luz passou pelos mesmos dilemas pelos quais
estas crianças estão passando; com a diferença que, na época atual, as
coisas estão tomando impulso e chegando a um ponto decisivo. As novas
crianças são tanto a causa quanto o efeito desta aceleração.
Orientando as novas
crianças
Ao orientar as novas crianças, como pai, professor ou terapeuta, o ponto
de partida é sempre se conectar internamente com a realidade individual
de cada criança em particular. A base da verdadeira ajuda é a disposição
para se abrir para o modo da criança experienciar a vida e se sintonizar
com aquilo que ela lhe comunica verbal ou não verbalmente. A qualidade
mais importante que se possui, quando se deseja lidar com essas
crianças, é a capacidade de ouvir e estar aberto para algo novo. É menos
relevante ter conhecimentos ou habilidades específicas. Isto pode até
atrapalhar. As teorias sobre crianças da nova era freqüentemente partem
de classificações gerais do comportamento externo. Síndromes e
diagnósticos baseiam-se em sintomas observáveis externamente. Mas o que
falta aí, e o que é vital para se conseguir tocar essas crianças com
sucesso, é uma conexão interna com aquilo que a criança está
experienciando: os sentimentos e emoções que provocam o comportamento
exterior.
Para se olhar para alguém de uma forma aberta e sem preconceitos, é
preciso abandonar conceitos e expectativas pré-concebidos. Você só
consegue se conectar genuinamente com alguém (seja quem for), se em
primeiro lugar se desapegar de tudo o que pensa que sabe a respeito
dessa pessoa. Só então haverá espaço para estar presente no agora, de um
modo verdadeiramente sensível e intuitivo. Esta também é uma forma
maravilhosa de dar as boas-vindas a alguém, pois assim você está se
permitindo ser tocado pela energia da alma dessa pessoa.
A partir de uma atitude tão fundamentalmente aberta – que é sentir a
natureza do outro em vez de pensar – você consegue entrar em uma
comunicação com a outra pessoa, que se torna benéfica e enriquecedora
para ambos. A interação com uma criança nunca é unilateral. No
relacionamento, vocês dois são professores em alguns pontos e alunos em
outros. Isto é o que caracteriza todos os relacionamentos espirituais
significativos.
Quando o relacionamento entre orientador e criança é definido de maneira
tão clara e transparente, existem muitas possibilidades de amparar a
criança em seu desenvolvimento. Mostrarei alguns desses caminhos, de um
modo geral, que não pretende ser completo, mas apenas indicar uma
espécie de direção geral.
- Avaliação positiva das suas qualidades únicas (que tornam a criança
“diferente”).
Ajude-a a se lembrar de quem ela é. Ajude-a a perceber que sua alta
sensibilidade e idealismo fazem parte das qualidades mais bonitas que
ela possui. Permita que ela mesma se expresse a respeito dos aspectos em
que se sente “diferente” e encoraje-a a descobrir como essas qualidades
enriquecem e contribuem positivamente com o mundo. Encontre formas
criativas em que ela possa expressar sua alta sensibilidade, de modo que
isto lhe traga alegria. Junte-a com outras dessas crianças e deixe que
elas compartilhem suas energias.
- Desenvolvimento intuitivo.
Treinar suas capacidades intuitivas de forma divertida, ajudando-a a se
conectar com seu corpo e suas emoções, reforça a autoconsciência.
Conectar-se com a Terra, conhecer seus próprios limites e usar sua
própria intuição para descobrir o que é bom para si mesmo, são
habilidades que estas crianças sensíveis conseguem aprender facilmente,
enquanto são jovens e descontraídas, ainda livres de autocontrole.
Quando já são um pouco mais velhas, podem se sentir mais inibidas em
relação à sua tendência natural a sentir, imaginar e fantasiar. Se for
este o caso, é importante, em primeiro lugar, ajudar a criança ou
adolescente a se conscientizar das emoções ou crenças limitadoras que
bloqueiam o fluxo da sua intuição. Quando há problemas a este respeito,
na maioria das vezes o fluxo de energia nos três chacras inferiores está
bloqueado. Existem medos, frustrações e decepções nessas crianças que
provocam sensação de insegurança, depressão e até vontade de morrer.
- Respeite a maturidade dessa criança enquanto alma.
Saiba que a grande sensibilidade e o fato de “ser diferente” foi uma
escolha consciente dela e confie em sua capacidade inerente de resolver
seus problemas. Não a trate como vítima. Apele para seus dons e talentos
e, sempre que possível, permita que ela encontre suas próprias respostas
e soluções. Encoraje-a a entrar em contato com sua paixão e inspiração,
e ajude-a a descobrir como expressar e manifestar a sua energia
inspiradora na Terra de um modo prático.
- Abra espaço para a auto-expressão.
A energia das novas crianças e adolescentes pode ser tão etérea e
idealista que pode parecer intangível. É importante que elas se
expressem na forma material. Pode ser de um modo criativo, como pintando
ou compondo música, ou pode ser através de esportes ou jogos. O
importante é que elas saibam como “aterrar” sua energia e torná-la
visível para os outros. Desta forma, elas canalizam sua energia para a
Terra. Em todas esta coisas, o ponto de partida deveria ser que elas
gostem de se expressar na forma material. Quando são incentivadas a
explorar e experimentar livremente, elas encontram, por si mesmas, as
formas mais convenientes para elas.
- Medicina alternativa
Formas de tratamento suaves, holísticas, como leitura de aura,
tratamentos e remédios alternativos, podem ser muito úteis para se lidar
com os sintomas físicos destas crianças, que se relacionem com seu
excesso de energia e sua condição psicológica. Por serem muito sensíveis
à energia, estas crianças reagem facilmente a formas de tratamento
focadas principalmente no nível energético (na psique) e apenas de modo
secundário no corpo. No entanto, também é importante que não se escolha
um tratamento ou remédio baseado somente nos sintomas externos, mas que
se faça uma conexão interna com a situação exclusiva daquela criança em
particular. Como pais ou terapeuta, pode-se perguntar à criança, no
nível interno, se tal tratamento é benéfico para ela. E uma vez que ela
já tenha idade suficiente, a própria criança pode ser envolvida nessa
escolha.
- Educação.
Formas iluminadas de educação tomam como ponto de partida a criança e
seu mundo interior. No passado, o conhecimento geralmente era
“despejado” na criança num estilo “de cima para baixo”. Ela era
considerada um recipiente vazio que precisava ser preenchido com
habilidades e conhecimentos úteis. No entanto, quando se enxerga a
criança como uma alma madura com seus próprios interesses e metas, a
educação passar a ter uma forma muito diferente. O desafio não é tanto
transformar o nada em alguma coisa, mas despertar e liberar algo que já
está presente dentro da criança: a energia natural da sua alma que
deseja se manifestar e se expressar no mundo material. A criança tem uma
tendência natural a querer aprender, explorar e descobrir muitas coisas
sobre o mundo. Só quando ela é sistematicamente forçada a receber um
conhecimento que não se relaciona com o modo com que ela experiencia as
coisas, é que a criança se torna relutante e sem vontade de aprender. A
base da nova educação é preservar e trabalhar com a ânsia natural que a
criança tem de aprender. Neste tipo de abordagem, o papel do professor é
bem diferente. O que lhe é pedido, em primeiro lugar e principalmente, é
que esteja presente com a criança de um modo aberto e intuitivo. O
professor parte da suposição de que se pode confiar nas capacidades
naturais e únicas de cada criança. Ele permite que a criança mostre o
caminho, dando-lhe suporte através do fornecimento do conhecimento e dos
materiais que ela precisa para atingir suas metas.
Lidando com o sofrimento
do seu filho
Se você é pai ou mãe de uma criança sensível e percebe as dificuldades
que ela tem que passar ao lidar com o mundo, você deseja de todo o
coração protegê-la e salvá-la do mal. Sem perceber, você pode começar a
enxergar o mundo exterior como inimigo e o seu filho como a vítima
vulnerável. Pode ficar com medo e imaginar se algum dia seu filho vai
conseguir enfrentar a vida sem você. Ao observar o sofrimento do seu
filho, você pode ser levado de volta aos seus próprios medos, tristezas
e desilusões mais profundos. No entanto, a presença desta criança em
especial na sua vida sempre tem uma lógica oculta. Existe um significado
mais profundo, que tem uma intenção positiva. Uma forma de desvendar
essa lógica e esse significado é olhar a criança de um modo diferente; é
enxergá-la, não como um pequeno ser indefeso, mas como um professor – um
anjo, se você preferir – que veio lhe trazer uma mensagem. Convido-o a
me acompanhar na seguinte meditação. Se você não tiver um filho, pode
convidar uma criança imaginária para vir a você.
Imagine que você está caminhando por um lindo jardim. Abra o seu coração
para esse mundo de paz e serenidade e deixe o seu olhar vaguear pelos
arredores. Há muitas plantas e flores no jardim. Sinta o ritmo das
estações, ciclos no tempo que se alternam suave e vagarosamente por si
mesmos.
Agora você olha para o seu lado e percebe que uma criança está
caminhando perto de você. Tome a primeira criança que vier à sua
imaginação. Ela toma a sua mão silenciosamente e vocês caminham juntos
pelo jardim, inspirando a beleza da natureza.
Depois de algum tempo, você repara num lugar convidativo para se sentar.
Pode ser um pequeno banco ou um espaço aberto no meio das árvores. Vocês
dois se sentam ali. Passado mais algum tempo, você nota que está havendo
uma transformação. Lentamente o rosto da criança vai mudando e se
transformando no rosto de um anjo. Você vê como a criança adquire uma
radiação brilhante e se torna mais etérea, pertencendo a um mundo
diferente. Talvez você note algumas cores ao redor do anjo-criança.
Silenciosamente você observa esse anjo e fica deslumbrado com a sua
aparência. E sente que você está diminuindo, voltando a ser pequeno como
uma criança outra vez. Libere o peso de ser um adulto, por uns
instantes, e sinta novamente a sensação de deslumbramento que é tão
natural para uma criança. Com os olhos muito abertos, você fita aquele
anjo magnífico que está olhando para você e sente que ele (ou ela) está
querendo lhe dizer alguma coisa. Ele faz isto transmitindo-lhe uma
energia através dos olhos dele. Você inspira essa energia e sente a
essência dela.
Então você faz uma pergunta para o anjo: “Por que você veio à Terra?
Qual é o presente que você está trazendo?” E deixa o anjo falar. Não
precisa ser com palavras – ele também pode falar através dos
sentimentos. Então, de repente você sabe, sem palavras ou imagens que
interfiram. Quando tiver recebido a resposta, conte para o anjo e
pergunte-lhe: “O que é a coisa mais elevada que eu posso fazer por você?
Como posso apoiá-lo, da melhor forma possível, na sua missão, nos seus
empenhos?”
Deixe que o anjo-criança lhe diga, em palavras ou em sentimentos.
Depois lhe diga adeus, enquanto sente que foi feita uma conexão
duradoura entre vocês, de coração para coração.
Com freqüência, aquilo que a criança mais precisa de você é algo que
também o ajuda. O traço de personalidade ou energia, que é mais
necessária para amparar a criança, geralmente é o traço de personalidade
ou energia que você, no nível da alma, deseja desenvolver e dominar para
si mesmo. Deixe-nos dar alguns exemplos.
Digamos que você tenha um filho introvertido que esconde seus
sentimentos e com o qual é difícil se comunicar. O que isto está lhe
pedindo é que você aprenda a se sintonizar intuitivamente com ele, seja
paciente, e tenha vontade de olhar para os seus próprios sentimentos em
profundidade. Isto ajudará esta criança. Muito freqüentemente é ótimo
para os pais que eles desenvolvam exatamente as mesmas qualidades que
são úteis ao seu filho. Talvez você seja uma pessoa que tem crenças
muito fortes a respeito de várias coisas, ou talvez seja muito prática e
eficiente e nunca tenha explorado muito os campos da emoção e dos
sentimentos. Seu filho convida-o a restabelecer esse equilíbrio. Então,
embora superficialmente pareça que a criança lhe apresenta apenas um
problema, existe um significado mais profundo escondido dentro desse
problema: o desafio para que você desenvolva certas qualidades que cabem
muito bem no seu próprio caminho específico de crescimento interior.
Outra possibilidade é que você tenha um filho muito vivo e decidido, que
ultrapassa facilmente os seus limites, forçando-o a falar alto e deixar
claro o que você aceita e não aceita. Esta criança pode aborrecê-lo
freqüentemente e às vezes você pode se sentir oprimido pela presença
dela. O que esta criança lhe pede é que esclareça, para si mesmo, quais
são os seus próprios limites, para que consiga comunicar suas
necessidades e vontades de um modo firme e consciente. Se houver muito
conflito entre vocês, isto geralmente indica que você ainda não se
decidiu sobre o que tolera e não tolera. Seu filho encoraja-o a definir
claramente o seu próprio espaço e a determinar o que pensa sobre o seu
relacionamento com ele – e isto geralmente projeta luz sobre todos os
seus outros relacionamentos. O comportamento da criança (e sua reação a
ele) amplia um problema que já existia. Muito provavelmente, você já
tinha um problema de auto-afirmação antes do seu filho nascer. Agora
esta criança lhe pede para se tornar verdadeiramente consciente de quem
você é e para defender a si mesmo, e isto é exatamente o que você
precisa no seu próprio caminho de desenvolvimento interior.
Ao desenvolver as qualidades que apóiam a criança, você está ajudando a
ambos. E se acrescentar a isto a sua compreensão, amor, independência e
autoconsciência, você pode se tornar um modelo de comportamento para seu
filho, um farol de luz. Deste modo, através de um processo inspirador de
crescimento e cura, uma nova energia está nascendo na Terra. Uma tocha
de luz está sendo passada de uma geração para outra, e está brilhando
cada vez mais intensamente.
Nós louvamos todos vocês por sua dedicação, amor e comprometimento.
Desejamos que experienciem alegria e divertimento nesta jornada de
exploração que estão empreendendo junto com as crianças da nova era.
Esperamos que tenham compaixão por elas, mas principalmente por si
mesmos, pois certamente cometerão erros. (Lembrem-se que os erros sempre
são as ferramentas mais importantes de aprendizado). Confiamos que suas
tochas continuarão queimando e que espalharão muitas faíscas para os
portadores da tocha que virão depois de vocês. Mas independente do que
fizerem, independente de vivenciarem alegria ou desespero, independente
de serem compassivos ou serem julgadores, independente de serem abertos
e confiantes ou tristes e deprimidos, nós os amamos e continuaremos lhes
oferecendo nosso apoio e estímulo. Vocês são muito queridos. Sempre.
Perguntas e respostas
Depois da
canalização, houve espaço para perguntas e respostas. Algumas delas
foram transcritas abaixo.
O que posso fazer pela minha
filha autista que tem 6 anos de idade?
Em primeiro lugar, eu gostaria de lhe dizer que você ama imensamente a
sua filha e que o seu amor é palpável para ela. Com isto, o mais
importante já foi dito. O seu amor envolve-a em um abraço constante e
silencioso. Isto não apaga os problemas que ela tem, nem as dificuldades
que você vivencia em relação a ela, mas é o pré-requisito para que as
coisas funcionem em suas vidas. Então sinta isto você mesma por alguns
instantes; sinta a sua integridade e a sinceridade do seu amor: esta é a
dádiva mais preciosa que se pode oferecer a uma criança.
É compreensível que você se sinta em dúvida, e até mesmo desesperada às
vezes, mas, no âmago disso tudo, existe um profundo amor que une vocês
duas. Se as coisas não estão indo como você esperava, a culpa não é de
nenhuma das duas. Existe alguma coisa que ela deseja passar e com a qual
deseja lidar nesta vida – uma razão especial para ela ter este problema
em particular. A intenção dela é estar aqui na Terra de um modo muito
puro. Ela carrega dentro de si uma energia muito pura e bem preparada,
que tocará muitas pessoas. Mas é necessária muita paciência, da sua
parte e da dela, para que esta energia desça intacta à Terra. Ela
escolheu… é complicado colocar isto em palavras, de uma forma exata… ela
escolheu trazer uma energia pura e evoluída para a Terra e ser
relativamente desprotegida neste empreendimento. Então, sua energia não
está sintonizada com a energia da realidade da Terra e ela precisa de um
tradutor, alguém que a ajude a fazer a tradução para a realidade da
Terra. Ela escolheu conscientemente esta falta relativa de proteção e
uma alta sensibilidade porque, desta forma, a vibração que ela carrega
dentro de si pode se manter em um nível elevado.
Podemos colocar isto da seguinte forma (agora estou falando de um modo
mais geral): quando se tem um filho “normal”, no sentido de que se
adapta às expectativas do mundo externo, esta criança se esquecerá de si
mesma com mais facilidade, isto é, perderá contato com a energia
original da sua alma. Ela será influenciada mais facilmente pelas
exigências e padrões da sociedade e nem mesmo os pais mais sensíveis e
iluminados poderão impedir que isto aconteça. Crianças com distúrbios
comportamentais, como o autismo por exemplo, não se adaptam com tanta
facilidade. Mas, por causa disto, a energia da alma da criança é
preservada mais facilmente. Ela não arreda pé, por assim dizer. As
pessoas ao redor desta criança terão que se adaptar a ela, ao invés do
contrário. Esta situação geralmente é bem difícil para os pais,
professores e médicos. Mas existe um tesouro escondido no problema. O
fato de a criança “ser diferente” desafia o ambiente ao seu redor a
encontrar novos meios de comunicação, refletir sobre suposições que
antes pareciam evidentes e ser verdadeiramente aberto à realidade
interna da criança.
O que lhe é pedido, no seu relacionamento com sua filha, é especialmente
que você tenha confiança nesta criança e que se sintonize com as
necessidades dela. Você faz isto muito bem! Há muito espaço interno no
seu ser. Confie que sua filha escolheu seu caminho de vida, que ela
projetou certos marcos na sua vida e que os escolheu como pais, para que
juntos pudessem torná-la capaz de irradiar sua Luz na Terra. Vocês estão
fazendo um trabalho excelente!
Observações adicionais da
Pamela:
depois da sessão, fiz uma leitura de aura intuitiva desta criança para a
mãe dela, baseada em uma fotografia. Isto mostrou que o autismo estava
relacionado com uma experiência de vida passada. Esta é uma transcrição
literal da leitura:
Vejo muita
energia azul clara sobre a cabeça dela, na forma de pedras transparentes
e brilhantes, que estão ligadas a uma forma oval localizada sobre o
chacra da coroa. Aí existe uma energia de alta vibração; ela contém uma
compreensão profunda da vida e da psique humana. Sinto que ela viveu uma
vez na Terra e teve uma experiência espiritual forte, ou uma experiência
de percepção expandida, durante a qual ela teve muitos insights, como
uma epifania. Como resultado disto, o comportamento e os motivos das
pessoas à sua volta tornaram-se transparentes para ela, inclusive os
jogos silenciosos de poder, que estavam acontecendo na sua comunidade.
Mas ela teve dificuldade para integrar esse conhecimento na sua vida
diária. Sinto que ela ficou doente, que ficou mal, tanto no nível do
corpo quanto no psicológico. Ela não conseguia expressar sua verdade,
porque o ambiente ao seu redor não a compreenderia, não estava em
condições de entendê-la. Isto fez com que ela ficasse muito ansiosa; ela
sentia que possuía um conhecimento que poderia ajudar outras pessoas e
prevenir que sofressem, no entanto era impossível falar sobre isso,
porque ela iria presa. Tenho a impressão que ela não conseguiu resolver
este dilema durante essa vida passada e que sucumbiu ao estresse
emocional e aos problemas físicos que foram o resultado de não ser capaz
de integrar aquela consciência mais elevada no seu ser físico. Ela se
fechou emocionalmente e isto teve um efeito na sua garganta
(auto-expressão), no coração (conexão com os outros) e nos três chacras
inferiores (sentir-se segura e querida).
Sinto
intensamente que esta é a razão de ela ter vindo para você (a mãe dessa
criança). Você também carrega algo dessa marca (a qualidade de uma
percepção elevada) no seu campo áurico, de modo que existe uma conexão
natural com ela. Inclusive há uma energia vermelha perto dos seus
chacras inferiores, o que mostra que você é capaz de defender a sua
verdade, embora isto tenha sido difícil para você algumas vezes. Sinto
que a sua presença em si já tem uma influência curadora na sua filha.
Isto é maravilhoso! Ela quer ser curada nesta vida, passo a passo.
Vocês, como pais dela, são parte da solução, não do problema.
Meus dois filhos são muito
sensíveis, mas cada um de um modo diferente, e então eles brigam e
discutem o tempo todo. Para mim, isto é muito difícil de presenciar.
Acabo brigando e discutindo com eles também, quando na verdade sou uma
pessoa que precisa de paz e harmonia ao meu redor. Como posso lidar com
isto?
É muito importante que você se mantenha na sua própria verdade, que siga
a sua intuição e coloque alguns limites claros no seu relacionamento com
os outros. Sua consciência tem facilidade para escorregar para dentro
dos dois chacras superiores (terceiro olho e coroa), de onde você se
sintoniza com as emoções de outras pessoas e compreende os motivo delas.
Mas perde a conexão com seu chacra básico, na área do seu abdome, que
lhe mostra o que você sente, o que você precisa e o que você quer. Você
perde contato com a sua própria criança interior (a sede das emoções) e
torna-se não-aterrada [desconectada da energia da Terra].
Você mesma é
muito sensível e sua sensibilidade contém muita empatia e envolvimento
com os outros. Você tem o desejo de estar conectada, de estar junto com
os outros, mas com isto muitas vezes você se põe a descoberto. É muito
importante levar a sério as suas próprias emoções de raiva e resistência
e permitir uma mudança de energia no seu interior, de modo que se
restabeleça o equilíbrio entre dar e receber.
Existe uma razão
para a luta em que você se encontra com os seus filhos. Ela a desafia a
ser mais clara em relação aos seus limites e a exigir que eles sejam
respeitados. Geralmente isto é um problema para pais que são muito
sensíveis e querem compreender seus filhos e não desejam feri-los. No
papel de pais, muitas vezes eles perdem o equilíbrio porque reprimem
suas próprias emoções e perdem de vista sua própria criança interior.
Você deveria ser mais mais autoconfiante e “autocentrada” no seu
relacionamento com seus filhos.
Ao se tornar
mais autoconsciente e determinada, você será capaz de estabelecer um
exemplo para seus filhos e lhes mostrar o que é ser uma pessoa altamente
sensível e autoconfiante. Ao incorporar esta energia de equilíbrio, você
lhes ensina muito mais do as palavras poderiam ensinar. Então, dê a si
mesma mais espaço para se expressar e verá que isto vai torná-la mais
aterrada [conectada com a energia da Terra] e vai lhe dar a verdadeira
paz e harmonia que você está procurando.
Como posso realizar a minha
intenção de trabalhar com crianças? Sinto-me inspirada a trabalhar com
crianças da maneira que você descreveu, mas ao mesmo tempo sou inibida
pelos meus medos de fracassar e pela minha dúvida de que “ninguém lá
fora está esperando por mim”. Várias e várias vezes o meu fluxo externo
de auto-expressão é interrompido pela minha insegurança. Como posso
lidar com isto?
Existe um anseio autêntico no seu interior, que vem da sua alma. É
importante cultivar este anseio e tratá-lo de um modo gentil e
carinhoso. Além do entusiasmo, este anseio também desperta o medo dentro
de você. Ele traz à superfície uma antiga ferida que vem da sua infância
e também de uma vida anterior a esta, quando você foi rejeitada pelas
qualidades específicas que você deseja expressar mais uma vez agora. A
experiência de rejeição (violenta) deixou um trauma na sua alma. Este
trauma faz com que agora você resista e hesite, enquanto uma outra parte
sua quer voltar a manifestar a verdadeira energia da sua alma. O
primeiro passo, o passo crucial para curar a si mesma é compreender e
aceitar esta herança. Ao ser impaciente consigo mesma e julgar seus
sentimentos e inseguranças, você nega a sua dor interna que deseja ser
reconhecida e trazida à consciência.
Dedique um tempo
para curar sua criança interior ferida. Seu entusiasmo indica a direção
certa, mas também pode deixá-la inquieta, pois você está querendo
superar suas feridas internas muito rapidamente. Lembre-se que, em
essência, este processo pelo qual você está passando não se refere à sua
manifestação no mundo externo. Ele se refere à sua cura. O primeiro e
mais importante objetivo de qualquer alma encarnada na Terra é a
auto-realização: é amar-se e aceitar-se como você é e experienciar a
intensa libertação que isto lhe traz. Esta é a fundação de toda energia
verdadeiramente criativa e espiritual. Uma vez que essa fundação é
assentada, o fluxo de manifestação externa vem facilmente e sem esforço.
O fato de você
querer viver e ser no mundo a partir do seu coração, mostra que você
está preparada para se dirigir ao âmago do medo e da escuridão que ainda
existem em você. O desejo de expressar a energia da própria alma na
Terra sempre chega no momento em que se está pronto para um nível
profundo de autocura. Conforme você for se preparando para expressar a
inspiração do seu coração na Terra, irá, mais do que nunca, se desapegar
do passado, da sua educação e de todos os relacionamentos que não a
sustentam mais. A conexão com sua alma cria muito movimento na sua vida
e poderá parecer que você está dando um passo para trás, antes que sua
energia espiritual possa adquirir forma material. Começarão a ocorrer
mudanças na sua vida e as coisas poderão até ficar meio caóticas e
confusas por algum tempo. Mas é assim mesmo que deveria ser. Não duvide
de si mesma quando o processo de manifestação dos desejos da sua alma
passar por guinadas e solavancos. Essas guinadas e solavancos é que a
farão perceber quem você realmente é e o que tem para oferecer aos
outros. O fato de você passar pelo medo e a insegurança, de encará-los e
aceitar a presença deles, fará com que se torne mais compassiva e
amorosa com os outros. Ao abandonar o julgamento e verdadeiramente
aceitar aquela que você é neste momento, você se tornará sábia;
compreenderá que realmente se trata de você e não dos outros. E nesse
momento, os outros começarão a vir até você. Eles verão algo em você que
os inspira. As oportunidades de manifestar a inspiração da sua alma se
apresentarão facilmente. Você estará pronta e saberá disto.
© Pamela Kribbe 2008
Fonte: www.jeshua.net
Tradução: Vera Corrêa veracorrea46@ig.com.br
Revisão: Luiz Corrêa
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