É ISTO QUE DEUS QUER REALMENTE?
Uma mensagem de Neale Donal Walsch,
31 Agosto 2010

Meus queridos amigos…

Por vezes recebo notas de pessoas a perguntar, primeiro, se existe mesmo um “Deus” e, segundo, se há um Deus, o que quer Deus.

Foi dito a muitos humanos que o que Deus quer é que a vida seja uma escola, um local de aprendizagem, um tempo de teste, uma breve e preciosa oportunidade de emigrar a alma de volta para o céu, de volta para Deus, de onde ela veio.

Foi também dito a muitos humanos que quando a vida acaba começa a verdadeira alegria. Tudo na vida deve ser considerado como um prelúdio, uma preparação, uma plataforma em cima da qual é construída a experiência da eternidade da alma. A vida deve ser, portanto, conduzida com um olho no Além Vida, pois o que é ganho agora será experienciado para sempre.

A maioria dos humanos também acredita que o que Deus quer para as pessoas é  que compreendam que a vida consiste naquilo que podem ver, ouvir, saborear, tocar e cheirar – e nada mais.

Um resultado deste ensinamento: os Humanos acreditam que a vida não é fácil, nem é suposto que o seja. É uma luta constante. Nesta luta, algo mais do que aquilo que é percebido pelos cinco sentidos é considerado como “sobrenatural” ou “oculto” e cai, por isso, na categoria do “negociar com o Diabo” e do “trabalho de Satanás”.

Os humanos estão a lutar para voltar para Deus e para as boas graças de Deus. Estão a lutar para voltar para casa. É disto que se trata a vida. É acerca da luta da alma, vivendo dentro do corpo, para chegar a casa, para voltar para Deus, de Quem foi separada.

A maioria dos religiosos foca a sua crença no Céu e no Inferno. Os que acreditam que “chegar ao Céu” é o propósito final da vida, e que crêem verdadeira e fervorosamente que podem garantir a sua entrada no Céu por fazerem determinadas coisas enquanto estão na Terra, procurarão, certamente, fazer essas coisas.

Eles assegurar-se-ão de que os seus pecados sejam confessados regularmente e que as suas absolvições estejam actualizadas para que, se morrerem subitamente, as suas almas estejam prontas para o Dia do Julgamento.

Jejuarão durante horas, dias ou semanas de cada vez, viajarão em peregrinação para distantes locais sagrados, frequentarão a igreja ou o templo ou a mesquita ou a sinagoga todas as semanas sem falhar, darão o dízimo dos seus rendimentos, comerão ou não certos alimentos, usarão ou não usarão determinadas roupas, dirão ou não certas palavras e participarão de todas as maneiras em ritos e rituais.

Obedecerão  às regras da sua religião, honrarão os costumes da sua fé tradicional e seguirão as instruções dos seus líderes espirituais a fim de mostrarem a Deus que são pessoas merecedoras, deste modo ser-lhes-á reservado um lugar no Paraíso.

Se estão angustiados o suficiente e oprimidos o suficiente e infelizes o bastante, alguns humanos acabarão ainda com as suas próprias vidas ou matarão outras pessoas – incluindo os totalmente inocentes e absolutamente insuspeitos – pela promessa de uma recompensa no Céu.

(Se lhes oferecem recompensas pode ser que sejam 72 virgens de olhos negros com quem passarão toda a eternidade, e se os humanos em questão forem homens com idade entre os 18 e os 30 anos, com pouco futuro e sujo, atingidos pela pobreza, com um presente cheio de injustiças, as possibilidades de tomar uma decisão tão extraordinariamente destrutiva aumentará dez vezes.

Fá-lo-ão porque acreditam que é isto O Que Deus Quer.

Mas é?

Acredito que um dos mais importantes livros que Deus alguma vez me deu foi o texto “O Que Deus Quer”. Se não haveis lido este pequeno livro entretanto, pode ser maravilhoso dar-lhe outra olhadela à medida que este sétimo mês do ano termina.

Nele é-nos dito que, quando entendermos verdadeiramente o que Deus quer, “os humanos saberão que a resposta é nada. Absolutamente nada. Como poderia Deus querer alguma coisa se Deus tem, e É, tudo o que Deus poderia desejar?

Quando sabemos isto entenderemos que a vida não é uma escola, nem é  um tempo de teste. Se Deus nada deseja, não existe razão para um teste. Se os humanos são Um com Deus, não há nada a aprender, há  apenas que relembrar o que foi esquecido.

Os humanos compreenderão ainda que a vida não é uma provação durante a qual as almas lutam para voltar para Deus mas, em vez disso, é um processo contínuo através do qual as almas buscam conhecer Deus, depois crescer, expandir-se e experienciar mais do que é. Será também claro que este processo, chamado evolução, nunca termina, mas é experienciado pela alma eternamente, em diferentes níveis e em formas distintas.

Os humanos compreenderão, também, que a vida não é limitada ao que se pode perceber pelos cinco sentidos, mas é muito mais ampla em extensão e profunda em dimensão do que os humanos originalmente imaginaram ou que alguma vez lhes foi dito pela religião. 

Um resultado deste ensinamento: muito mais atenção será prestada ao que não  é percebido pelos cinco sentidos, e isto será a base de uma nova compreensão da vida e de como ela pode ser mais alegre e maravilhosamente experimentada.

A vida não será vivida com um olho no Além Vida, mas com um olho no que está sendo criado, expressado e experienciado em muitos níveis de percepção do Sagrado Momento do Agora.

A vida não será experienciada como uma luta ou como um esforço para “voltar para casa” para Deus, mas antes como uma livre expressão do fluxo da natureza intrínseca de cada um, que é ilimitada e divina.

“Chegar ao Céu” não será mais o propósito final da vida. Criar o céu onde quer que vós estejais será considerado como o principal objectivo. Para o experienciar, as pessoas não têm que confessar pecados nenhuns ou jejuar durante horas de luz do dia ou viajar em peregrinações ou ir a locais de culto semanalmente ou entregar o dízimo regularmente ou realizar qualquer rito ou acto particular – embora elas possam escolher fazer qualquer uma destas coisas se lhes der prazer, ou os ajudar a lembrar que elas têm uma relação com Deus, ou as ajudar a permanecer conectadas com os seus propósitos.

Devido à  sua compreensão mais profunda e rica experiência pessoal da vida como um campo unificado, para as pessoas em toda a parte a vida tornar-se-á  o principal valor, e o núcleo ao redor do qual gira toda a compreensão e expressão espiritual.

Não sabemos por quanto mais tempo vai a nossa vida continuar. O nosso tempo no planeta pode terminar amanhã. Porque é assim, eu quero, pela minha parte, usar cada momento disponível, cada minuto, cada segundo, para mover-me o mais amplamente que eu possa, o mais inteiramente que eu possa, para a mais elevada expressão do que sou capaz da maior visão que alguma vez tive acerca de quem eu sou.

Eu quero manifestar Deus na terra, em mim, através de mim, em mim. Mesmo que não exista nenhum “Deus”, ainda que eu esteja “inventando tudo isto”, pode haver melhor maneira de viver, um propósito mais elevado, um modo mais agradável de percorrer os dias e as noites da sua existência?

Então, hoje, a cada momento, com cada decisão sobre o que eu devo comer, o que devo usar, o que devo pensar, o que devo dizer, o que devo fazer – eu vou tentar perguntar-me a mim mesmo: se Deus estivesse aqui neste momento, trabalhando em mim, através de mim, como eu, que faria Deus agora?

Quereis juntar-vos a mim na experiência?

Amor e Abraços,                                                                           

Neale 


2010 Fundação Recriação - http://www.cwg.org - Neale Donald Walsch é um mensageiro do dia espiritual moderno cujas palavras continuam a tocar o mundo de modos profundos. A sua série de livros Com Deus tem sido traduzida para 27 línguas, tocado milhões de vidas e inspirado importantes mudanças nas suas vidas diárias.  

Tradução: Ana Belo   anatbelo@hotmail.com

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