O INFINITO HUMANO - AMOR -
Uma mensagem de Scott Rabalais 
08 de Setembro 2010

 

Durante éones, a ideia do amor tem estado entre as forças mais poderosas e mais dominantes nos seres humanos. O amor permeia o próprio centro das nossas relações e famílias e flui na nossa arte, livros e música. Expressamos o nosso amor de inumeráveis maneiras: amamos os nossos cães e gatos; as nossas casas e carros e amamos sermos amados. Obviamente, o amor é um aspecto central das nossas existências, mas como é, no entanto, a visão do amor na consciência transcendente comparada com a percepção do amor na terceira dimensão?

De um ponto de vista mais elevado, o amor é visto como uma cola que une toda a existência. Onde está a luz, está o amor. É a força máxima de conexão no cosmos. É o vínculo que permite a unidade da existência. É uma força magnética no meio e entre todos os aspectos da criação.

Existentes como a luz, nós vivemos num infinito mar de amor. Reconhecemo-lo à nossa volta nas suas infinitas formas. Juntamente com a luz, o amor é o ingrediente de quem e do que somos. Está mais próximo de nós do que a nossa respiração, e existe um profundo amor até mesmo no nosso menor átomo ou energia componente.

O amor é uma tal força dominante em nós e ao nosso redor, de tal modo que é inevitável. Deste modo, como é que, frequentemente, nos descobrimos a nós mesmos em busca ou com falta dele? Porque parece tão ilusório? Porque está tão frequentemente na vanguarda da nossa atenção? Porque há tantos episódios dramáticos que acontecem em nome do amor?

Na experiencia da terceira dimensão, vemo-nos a nós próprios como separados do resto da existência. Com o foco nesta separação, separamo-nos da luz e do amor que constituem a nossa própria natureza. A luz e o amor são quem nós somos; é  a nossa percepção da separação que origina o pensamento e o sentimento da falta do amor nas nossas vidas.

O resultado desta consciência limitada é nós sentirmos que devemos possuir o amor, ou possuir o objecto da nossa afeição. Desde que nos consideramos como separados da existência, somos compelidos a buscar fora o que possamos chamar de nosso, seja uma pessoa, um animal, um objecto material ou uma equipa desportiva. Sentimo-nos seguros mantendo perto e querido de nós aquilo que amamos e, com frequência, sentimos dor e rejeição se nos é retirado.

Numa consciência superior, vemos que o amor não precisa de precisa de ser possuído ou retido. Ninguém nem nada nos pertence, contudo, toda a existência é a nossa própria natureza. Na nossa auto-consciência da omnipresença do amor, estamos ligados a toda a existência. Não só vamos sentir o amor e que somos amados com uma tal consciência que perceberemos que nós somos amor. A ideia de procurar amor ou de ser sem amor, é deixada para o pensamento limitado da terceira dimensão.

Quando afirmamos amar alguém ou alguma coisa, estamos, na verdade, a trazer para a consciência a ligação do que já existe entre nós e o que amamos. Ao vermos outro aspecto da luz, vemo-nos a nós, pois nós somos luz. Nós somos tudo o que é. O “outro” é luz e amor, do mesmo modo que nós somos luz e amor, e serve como um reflexo de quem e do que somos.

A visão tridimensional está fortemente enraizada nas estruturas da nossa cultura. Em nome do amor, assinamos contratos e fazemos promessas de estar “em amor” com os outros. Isto é, unicamente, um reflexo da consciência tridimensional na qual possuímos o amor de e damos amor a outro e juramos ficar neste estado “até que a morte nos separe”.

O acto sexual é  frequentemente referido como “fazer amor”. Nós somos amor, e o amor é omnipresente, e a ideia de fazer ou manufacturar amor é  uma ideia da terceira dimensão. De um ponto de vista superior, trazemos a nossa consciência para o amor que nós somos e para o amor que existe. É muitas vezes na altura do acto sexual, quando a mente pensante está ociosa, que se abre uma porta para experimentarmos a grandeza do amor.

O amor é ilimitado. Existe em qualquer lado, em qualquer tempo e em qualquer espaço. Somos tolos por tentarmos confiná-lo a uma pessoa ou situação particular. Quando soltamos a personificação ou a categorização do amor, escapamos aos ornamentos da terceira dimensão e vivemos na consciência do amor infinito. Deixamos ir, ainda, quaisquer expectativas sobre os outros e permitimos que tudo exista e se mova à sua própria maneira. Não ficamos acorrentados a ninguém ou a nenhuma ideia, nem nenhuma pessoa ou ideia nos acorrenta. Permitimos que o fluxo natural do amor alimente as nossas vidas.

Para a maioria dos humanos, a experiência do amor através de uma visão dimensional mais elevada é realizada depois de uma viagem sinuosa pela consciência da terceira dimensão. Isto deve-se à nossa subscrição a numerosos contratos que a nossa cultura nos impõe, mesmo desde o nascimento. Nós somos ligados – e de modo bastante natural – a uma mãe, a uma família, amigos e grupos. Numa consciência superior, nós existimos com os outros em liberdade e por um acordo de alma e não por qualquer promessa ou contrato tridimensional.

Como é que o conceito das relações se encaixa neste quadro do amor? São elas essenciais à nossa existência? Precisamos delas para sobreviver? O conceito de relações implica separação e a conexão de duas entidades separadas. Podemos ter uma relação com uma esposa ou um irmão, um animal de estimação ou até uma cidade. Mas considerai isto – tendes vós uma relação com o vosso braço direito? Não existe uma relação com o nosso braço direito porque este é considerado como uma parte de nós mesmos e, assim, não separado de quem nós somos. Na unidade do amor, não existe uma relação porque não existe uma separação.

Do ponto de vista de uma dimensão de experiência superior, não existe “outra”  alma. Existe apenas a luz experimentando-se a si mesma na sua infinitude. Do ponto de vista tridimensional, vemos dezenas de outras almas/pessoas, animais, plantas e por aí adiante. Mas a visão mais elevada não vê relações e vê, simplesmente, a existência como uma luz.

Encontramo-nos na companhia da luz e do amor, quem quer que sejamos e seja para onde formos. Existe a experiência do amor em tudo o que nos rodeia, quer seja com outra pessoa, uma planta, uma pedra ou outro planeta. O amor está em toda a parte, incluindo em nós e, simplesmente por existirmos, estamos a nadar num mar de amor.  


Direitos de Autor Scott Rabalais – É concedida permissão para copiar e distribuir este artigo de forma livre, na condição de que o nome do seu autor seja incluído no mesmo. 
 

Tradução: Ana Belo - anatbelo@hotmail.com 

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