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QUEM SOU EU, SE DEIXAR IR
A MINHA DOR?
Mensagem de Mashubi Rochell
Publicado em 25 de outubro de 2009
Nós somos muito mais do que
sabemos. A eterna chispa divina do amor, da luz e da esperança vive
dentro de nós. Isto é verdadeiro para todas as almas e para todos
nós que estamos encarnados aqui na Terra, e, entretanto, muito
freqüentemente, a nossa vida diária parece muito distante disto.
Há alguns eventos difíceis e traumáticos que nos moldam
profundamente à verdadeira essência de nosso ser. Alguns são eventos
pessoais ou familiares e alguns são eventos globais maiores que nos
afetam intensamente.
Quando a dor entra em nossa vida, há mecanismos competitivos dentro
de nós que nos ajudam a superar os momentos de dificuldades. Se o
trauma for muito profundo, ou continuar por muito tempo, nossos
mecanismos competitivos podem se solidificar e formar uma camada
protetora ao nosso redor. Estes se tornam eventualmente assimilados
à nossa identidade, de modo que não sintamos mais a dor dos eventos
traumáticos. Nossos mecanismos competitivos nos ajudam a avançar na
vida, apesar das circunstâncias difíceis.
Estes meios de competir com a dor são pretendidos para nos apoiar
nos momentos de dificuldades. Eles não têm a intenção de se tornarem
solidificados de uma forma total na vida, entretanto, na ausência do
amor e da luz que são necessários para favorecer a cura, podemos
ficar entrincheirados nas velhas defesas. É possível passar pela
vida com um tipo de proteção emocional e energética, que nos protege
e nos permite funcionar, mas que não permite um nível maior de
intimidade ou de conexão emocional com outros.
Neste tipo de situação, os padrões emocionais, físicos e energéticos
de auto-proteção podem se tornar tanto uma parte de nós que não
conhecemos mais outras opções. Como um peixe que não compreende que
ele está na água, porque ele não conhece outras opções, nós
permanecemos no único meio que conhecemos, sem compreendermos que há
outra possibilidade.
Sob estas circunstâncias, a nossa identidade e a percepção de quem
nós somos, se configuram ao redor de nossos padrões defensivos. Sem
compreendê-los, nos tornamos nossos mecanismos competitivos. Isto
pode continuar por um período de tempo mais breve ou mais longo, até
o momento em que o nosso ser interior se sinta suficientemente
seguro para começar a explorar outras possibilidades.
Quando o momento chega, quando a vida nos mostra que não precisamos
continuar nestes velhos padrões, é possível que nos percebamos
temerosos de deixar ir as nossas defesas. De alguns modos, a nossa
defesa emocional era familiar, e proporcionava uma sensação de
segurança. Pensar em deixar ir isto pode provocar sentimentos de
pânico, ou até de terror, ainda que outra parte nossa queira avançar
e nos libertarmos.
Uma das razões por que isto pode ser tão difícil, é porque as nossas
defesas se tornaram, por algum tempo, uma parte da identidade.
Quando começamos a deixar ir estas, subitamente pode parecer como se
o nosso verdadeiro eu estivesse na direção. A questão se torna:
"Quem eu sou se deixar ir a minha dor? Como diante do despenhadeiro,
olhando abaixo para o abismo, pode parecer como se nada e ninguém
houvesse, para nos agarrar se ousássemos deixar o nosso apoio.
Na realidade, há um ritmo e um fluxo natural nas nossas vidas
interiores, assim quando alcançamos o ponto de estarmos dispostos a
acessarmos novas possibilidades, novos apoios se tornam disponíveis,
de modo que não estejamos sozinhos ao nos defrontarmos com os nossos
medos. Poderia ser uma nova amizade ou relacionamento, uma sensação
interior de maior confiança, ou outros tipos de apoios que se
revelam e nos ajudam a termos a coragem de nos abrirmos para o novo
e deixarmos ir as nossas defesas passadas.
Deste modo, nós somos ajudados a avançar em nossa jornada na vida, e
chegarmos gradualmente a conhecermos mais de quem nós somos como
seres divinos e eternos de amor. Quando temos a coragem e a fé de
liberarmos o nosso apego aos velhos modos de nos percebermos, um
novo mundo abre diante de nós e revela escolhas das quais teríamos
anteriormente somente sonhado. Ao liberarmos o nosso apego à dor, e
aos nossos modos de nos protegermos contra a dor, nós nascemos sob
nova forma em um novo reino de amor e de possibilidades.
Mensagem de Mashubi Rochell
Mashubi Rochell é uma conselheira espiritual e fundadora do
WorldBlessings.net, um espaço de reunião espiritual on line para
pessoas de todas as crenças.
Tradução: Regina Drumond -
reginamadrumond@yahoo.com.br
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