Cada existência é uma busca
pela verdade e pela conexão, de nos restabelecermos na energia de
nossos aspectos divinos, onde somos poderosos, amados, protegidos,
apoiados e felizes. Tentamos criar todas estas coisas como a verdade
de nossas vidas e são necessárias muitas existências, antes que
compreendamos que há uma verdade fundamental que sempre conhecemos,
mas que nunca aceitamos: a que já temos tudo o que buscamos e já
somos tudo o que esperamos nos tornar. A verdade que buscamos está
sempre diante de nós, mas não podemos vê-la por inúmeras razões,
principalmente porque procuramos a verdade em lugares onde nunca a
encontraremos. E quando deixamos de procurar a verdade, ela aparece
diante de nós.
Há muitos níveis da verdade, assim como existem muitos níveis de
energia. A verdade que queremos conhecer é que somos poderosos,
abençoados e amados, assim começamos a nossa jornada de cura para
liberarmos tudo o que nos impede de incorporá-la. Procuramos esta
verdade em cada situação, sem compreendermos que o mundo material
refletirá qualquer energia em que injetarmos, porque ele não contém
a sua própria verdade e nunca será mais do que já pensamos e
acreditamos que somos. As pessoas em nossos grupos de almas não têm
nenhuma verdade para nós, a não ser o que elas conhecem como a sua
verdade, porque cada pessoa vive dentro de sua própria vibração do
que elas conhecem como a verdade, baseadas no que elas
experienciaram.
O fundamento da verdade que buscamos não pode ser encontrado no
mundo, porque ele não existe, a menos que o criemos. O mundo
material refletirá sempre a verdade da energia individual e coletiva
que criamos e sem a aplicação da verdade mais elevada, baseada no
espírito, é incapaz de nos dar mais do que queremos e sermos mais do
que pensamos que somos capazes. Se quisermos conhecer a verdade,
devemos criá-la porque somos a fonte de nossa própria verdade. O que
é verdade para cada um de nós, se torna a nossa verdade e parte da
verdade do mundo. Em termos mais simples, a verdade de que somos
dignos de amor, de sucesso e de alegria, já existe no espírito e se
manifesta no mundo material quando é a verdade que acreditamos
totalmente sobre nós mesmos. A verdade que não merecemos amor,
sucesso e alegria, também se torna verdade, porque acreditamos nisto
e isto não mudará, até que mudemos o aspecto da nossa verdade.
Quando tentamos impor a nossa verdade sobre alguém, ou torná-la
responsável por fazer com que a nossa verdade seja “verdadeira”,
estamos no caminho de expectativas não cumpridas. Quando queremos
amor, por exemplo, nós nos dizemos que merecemos o amor e nós
merecemos. Mas quando assumimos esta verdade “Eu mereço o amor” e
então olhamos para o outro para torná-la verdadeira, “Eu mereço o
seu amor”, estamos fazendo duas coisas, abordando o nosso desejo
pela verdade do ponto da dúvida (se sabemos que merecemos o amor,
não precisamos da validação de ninguém), e estamos realizando a
nossa verdade através da responsabilidade de outra pessoa. Todos têm
a sua própria versão da verdade e se a nossa versão estiver em
conflito com a deles ou exigir algo deles que eles não queiram ou
que não possam dar, então eles responderão ao conflito e nos
impedirão de encontrar a realização de nossa verdade com eles.
Há duas maneiras de abordarmos a verdade, do ponto do conhecimento,
ou do ponto da dúvida. Quando estamos no ponto do conhecimento, não
precisamos de ninguém para validar a nossa verdade. Sabemos que é
verdade e que a nossa verdade está sendo realizada a cada momento,
ainda que nem sempre vejamos o resultado imediatamente. Mas quando
temos dúvida, criamos uma verdade que reflete as nossas dúvidas e
então tudo em nossa vida se esforça para torná-la verdadeira.
Pensamos que o mundo é o nosso maior inimigo e que trabalha contra
nós, que não permite a concretização de nossos sonhos e que coloca
desafios e bloqueios em nosso caminho e a cada oportunidade. Mas o
mundo nada faz, além de realizar a nossa verdade, e toda a energia
que temos por trás dela. A energia do mundo não julga, assim seja o
que for que digamos ser a verdade, ela apenas responde com um
poderoso “sim”.
Quando abordamos a verdade a partir da resposta, que sempre começa
com o EU SOU, vemo-la refletida em todos os lugares. Mas quando a
abordamos a partir da pergunta “EU SOU?”, vemos esta refletida em
todos os lugares também. E é assim que temos a nossa verdade
validada ou desafiada, dependendo se nos vemos como a pergunta, ou a
resposta. Se nós abordamos o mundo com a pergunta, a resposta do
mundo simplesmente reflete a nossa pergunta. Se nós abordamos o
mundo com a resposta, o mundo então muda a sua energia, assim ele se
torna a nossa resposta. E há uma grande diferença, pois a afirmação
“EU SOU”, define a nossa intenção para a manifestação. “EU SOU?”
pede permissão, o que não conseguiremos, porque não precisamos
disto.
O conhecimento expande a energia, enquanto a dúvida a contrai e a
energia nunca pode se tornar mais do que a nossa intenção por ela.
Isto é porque abordamos o caminho da verdade como uma pergunta que
nunca revelará a resposta que nos valide e nos assegure que podemos
nos tornarmos ou manifestarmos esta verdade. Uma pergunta nunca se
tornará mais do que a pergunta. A resposta, entretanto, porque ela
determina a base para a verdade que queremos que se torne a nossa
realidade, criará a validação que queremos. O desafio para nós é
termos a coragem para conhecermos a resposta, antes de recebermos a
validação – devemos saber que somos a verdade mais elevada, antes
que o mundo valide a verdade para nós.
Podemos fazer isto? Podemos saber, sem dúvida, que já somos tudo o
que queremos ser e que através do conhecimento, receberemos as
respostas que queremos? É o que devemos fazer se a nossa jornada
pela verdade resultar na expansão, em vez de na contração e que nos
tornaremos a expressão mais elevada do potencial do nosso EU SOU e
que viveremos em nossa própria versão do céu na terra, sabendo que
somos co-criadores, mestres da jornada de nossa vida e expressões
divinas do Criador na Terra.
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